Em tradução livre, data driven significa orientado por dados. Apenas com essa definição já podemos identificar do que se trata, não é mesmo?
Empresas organizadas internamente a partir dessa perspectiva tomam decisões acertivas. Isso porque elas têm por base informações concretas sobre o mercado e a própria operação do negócio. Em termos práticos, esse é um método bastante distinto do empregado nas organizações em geral.
Via de regra, o que podemos observar são gestores ditando os rumos dos negócios a partir de sua experiência pregressa ou de uma leitura superficial de cenários. Sem dúvidas, não se trata do melhor caminho.
Por isso, apresentaremos neste artigo o que é data driven. Após esta explicação, trataremos sobre as abordagens possíveis para implementar essa cultura. Continue a leitura e saiba mais.
Data driven é um método de tomada de decisões aplicável a qualquer negócio. Na prática, significa decidir levando em conta a análise de dados e sua interpretação. Trata-se, portanto, de uma gestão orientada por dados.
A ideia é empregar recurso na área de analytics e big data para solucionar problemas cotidianos. Mas também, com o intuito de obter insights sobre o negócio. A partir dessa abordagem, a empresa consegue, de fato, ter dados consistentes para personalizar produtos e todos os demais fluxos de trabalho no contexto da gestão.
Em resumo, podemos dizer que as empresas data driven são aquelas que planejam, executam e gerenciam suas iniciativas com base em dados de sua própria operação ou do mercado. Com base nisso, essas organizações obtém um grande diferencial competitivo em relação a seus concorrentes. Por fim, tendem a liderar o segmento em que atuam.
Segundo o relatório Insights-Driven Businesses Set The Pace For Global Growth, publicado em 2020 pela Forrester, as empresas data-driven crescem mais de 30% anualmente. Seu faturamento girou em torno de US$ 1,8 trilhões até 2021.
Os dois conceitos fazem parte do campo semântico da ciência de dados. Porém, existem diferenças significativas entre eles.
Como já destacado, o processo data driven apresenta uma abordagem de viés quantitativo. Ou seja, se baseia em números e modelos preditivos. O analytics driven, por sua vez, também leva em conta o aspecto quantitativo. Porém, não desconsidera uma dimensão qualitativa nas análises, criando padrões e correlações entre os dados.
Em resumo, podemos afirmar que o data driven e o analytics driven podem ser aplicados em conjunto. Isso é possível pois são complementares e se inter-relacionam. Desde que combinadas, ambas as metodologias proporcionam ganhos de capacidade analítica e respostas mais precisas para problemas do dia a dia.
Um dos principais desafios para a implementação do data driven marketing talvez seja o convencimento dos gestores da importância de trabalhar sob essa perspectiva. Muitos profissionais ainda acreditam que a tomada de decisão estratégica, com base em elementos da realidade, não traz tantos impactos positivos para a qualidade da gestão.
No entanto, o mercado nos mostra outra realidade. Os recursos empregados na área de análise de dados possibilitam às organizações se anteciparem a erros. Além disso, eles auxiliam a propor soluções inovadores e aprimorar processos.
Tudo isso, de forma combinada, proporciona um diferencial competitivo sem precedentes às empresas data driven. Em tempos de crise, por exemplo, esse pode ser o aspecto responsável por definir qual negócio sobreviverá ou não.
A isso devemos somar as mudanças que a transformação digital causou no comportamento dos consumidores. Contar com dados de fácil acesso e confiáveis é parte vital da operação de inúmeras empresas. Estas, que estão na tentativa de atender ao mercado em que atuam.
Vejamos, agora, como funciona uma cultura data driven na prática.
“Organizações são feitas de pessoas”. Essa é uma colocação bastante clichê no mundo corporativo. Porém, serve para traduzir a ideia de que o capital humano é peça-chave para empresas de sucesso.
No caso da implementação de uma cultura data driven é ainda mais importante não perder essa perspectiva de vista. Isso porque a promoção das mudanças depende decisivamente de profissionais com elevado nível de qualificação. É o caso do Chief Data Officer ou diretor de dados
O CDO é responsável pela governança corporativa e pela utilização de informações como um ativo, por meio de processamento de dados, análises estatísticas, mineração de dados, entre outros recursos estratégicos.
Dado esses atributos, o Chief Data Officer é o responsável direto por liderar a implementação de uma cultura data driven. No entanto, sozinho ele não chegará a lugar algum. Por isso, o CDO deve contar com uma equipe de profissionais capacitados para lidar com a nova realidade orientada a dados, como cientistas de dados.
Como já destacado, os dados servem de alicerce para a construção de uma empresa data driven. Porém, para que essa cultura se consolide, é necessário contar com dados integrados, organizados e acessíveis. Esse é um pré-requisito básico para que os profissionais possam oferecer o melhor tratamento às informações coletados.
Pensando nisso, é indispensável investir em sistemas de informações capazes de viabilizar a digitalização de processos. Com esse recurso, dados até então processados em meio físico ajudarão a gerar informações estratégicas sobre o nível de sucesso das iniciativas promovidas em seu negócio.
A medida em que uma empresa consolida uma cultura data driven, a tecnologia, na forma de soluções robustas e eficientes, se torna um meio capaz de sustentar as transformações exigidas.
O início desse processo consiste na coleta de dados das mais variadas fontes. Daí a necessidade de investir em sistemas de informações conforme destacado no tópico anterior. Entre essas soluções, vale investir especialmente em:
Feita a implementação de um processo sistemático de coleta de dados por meio dessas ferramentas, será necessário integrar todas as informações. Afinal, de nada adianta contar com um volume gigante de dados se eles não podem ser acessados de forma estratégica.
Por isso, será necessário garantir o acesso coletivo aos dados com o auxílio de dashboards integrados aos sistemas. Os meios e condições de acesso devem ser definidos pelas lideranças do projeto.
A implementação de uma cultura data driven também passa por conferir maior autonomia aos colaboradores, permitindo que suas decisões sejam sustentadas por dados.
Com isso, desde às equipes envolvidas em ativações meramente operacionais, passando por setores estratégicos, como logística e vendas, e indo até a alta gestão, todos devem contar ferramentas customizadas visando o cumprimento de suas atribuições.
Nesse sentido, as funcionalidades da solução adotada vão desempenhar um importante papel, disponibilizando recursos como automação e inteligência, além de fornecer grandes facilidades, como a visualização por dashboards e a criação de relatórios gerenciais.
Para reforçar a importância da implementação de uma cultura data driven, vale apresentar alguns dados fornecidos pela Gartner sobre o uso de dados nas organizações:
Para além desses aspectos, devemos ainda citar várias outras vantagens de estratégia de mercado quanto ao data driven. Vejamos quais são elas.
Uma gestão orientada por dados é capaz de aproveitar ao máximo os recursos disponíveis. Isso porque os riscos aos quais o negócio está submetido passam a ser melhor gerenciados e as informações coletadas permitem um posicionamento mais adequado no mercado.
Um estudo realizado Harvard Business Review, com cerca mil empresas, chegou à conclusão de que 48,4% observaram uma diminuição de custos significativa após a implementação de uma cultura data driven.
A análise e o tratamento de dados gerados por seu negócio e pelo próprio mercado ajudam a compor um grande arcabouço de informações estratégicas. Com elas, é possível realizar um planejamento mais sofisticado. E isso se deve a diversos fatores analisados, tais como:
Todas essas informações analisadas em conjunto permitem enxergar qual o nível de sucesso de seus processos de trabalho. Assim, fica muito mais simples propor mudanças quando necessário e chegar a melhores resultados.
A medida em que a gestão de uma empresa se capacita para fazer o uso estratégico de dados que sempre estiveram à sua disposição, é natural que os produtos e serviços disponibilizados no mercado tenham maior aceitação. Afinal, entre outras coisas, o ganho de performance da gestão serve exatamente a esse objetivo.
Ao conhecer em profundidade as preferências do consumidor, por exemplo, as lideranças do negócio poderão pensar em um novo formato para suas soluções, na tentativa de se adequar às necessidades do público.
A economia globalizada está imersa em um mar de incertezas. Uma crise desencadeada em continente diferente de onde o seu negócio opera ou está sediado pode afetar de maneira significativa os seus negócios. A pandemia do Coronavírus e a instabilidade do cenário geopolítico na Europa estão aí para nos demonstrar como isso acontece na prática.
E embora nenhum agente econômico tenha controle sobre essas oscilações, nem mesmo governos ou grandes empresas transnacionais, a forma como o seu negócio reage às crises pode ser diferente graças ao data driven.
Com o uso estratégico de dados, é possível nortear suas iniciativas visando a inovação, por exemplo. Dessa forma, um eventual esgotamento de determinada solução no mercado pode ser contornado.
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