Scale-up: como escalar sua empresa e atingir novos patamares

Scale-up: como escalar sua empresa e atingir novos patamares
Gestão
Tempo de leitura: 6 minutos
Última atualização: 17/09/2025

O mundo do empreendedorismo está cada vez mais diversificado e especializado. Ao mesmo tempo, ele oferece diversas oportunidades. Entre elas, está o desenvolvimento de um negócio do tipo scale-up.

E a boa notícia é que este modelo está disponível para companhias de todos os portes. Inclusive, conforme estudo da Endeavor Brasil, mais de 90% dos negócios scale-ups são constituídos por PMEs.

Mas como escalar uma empresa para atingir este patamar? O que é, de fato, scale-up? É o mesmo que startup? Tire essas e outras dúvidas neste artigo.

O que é scale-up?

Em inglês, “scale” significa “escalar”. No contexto empresarial, escalar está relacionado a crescimento.

Assim, as scale-ups são organizações que conseguem crescer de forma escalável e sustentável por um longo período. Seu funcionamento utiliza sistemas de gestão consistentes e inovadores, tendo no capital uma força poderosa para proporcionar sua escalabilidade.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera scale-ups os empreendimentos que crescem pelo menos 20% ao ano por três anos consecutivos. Este cálculo leva em consideração uma força de trabalho constituída por ao menos 10 pessoas.

Assim, uma scale-up está pronta para usar seu sucesso comprovado para dimensionar e expandir sua empresa de forma significativa. A fase de scale-up, entretanto, normalmente é o estágio mais rápido e relevante de crescimento, podendo trazer mais desafios.

Por esse motivo, é vital que as scale-ups tenham o nível certo de suporte e a rede certa para trabalhar. Assim, elas conseguirão superar quaisquer problemas que enfrentem durante esta importante fase de amadurecimento de seus negócios.

Quais os objetivos de uma empresa deste tipo?

Uma empresa que atinge este patamar almeja manter seus resultados consistentes e continuar obtendo sucesso e escalabilidade nas operações. Seu desejo é manter os controles operacionais e seu direcionamento estratégico, mas sem perder a cultura organizacional.

Esses negócios visam solidificar uma posição de destaque no mercado, amadurecer seu sistema de gestão e garantir sua perenidade. Ao mesmo tempo, esperam estar preparados para identificar novas oportunidades contínuas de expansão sustentável.

Scale-ups e startups são a mesma coisa?

Simplificadamente, uma startup pode passar pela fase de scale-up, mas não é uma regra. As startups estão em um estágio mais inicial, geralmente mais focado na experimentação e com riscos mais elevados. Já as scale-ups são companhias que já testaram e validaram seu modelo de negócio e seus produtos/serviços. Elas costumam já ter desenvolvido uma operação sustentável e mais madura.

Dessa maneira, enquanto a startup ainda está explorando seu potencial e descobrindo de que forma pode apresentar melhor seu produto ou serviço e a qual mercado, a scale-up já encontrou esse ponto ideal.

Outra diferença importante entre uma startup e uma scale-up está no funcionamento interno da empresa. Uma startup tende a ter uma equipe diversificada, que pode desempenhar várias funções, assumindo diferentes frentes de trabalho. Já as scale-ups tendem a ter uma força de trabalho mais focada, com especializações concentradas. Assim, elas atuam com um quadro de funcionários maior, mais engajado e capacitado continuamente.

Além disso, nas empresas scale-up, a tendência é a adoção de uma gestão mais sistematizada. Isso inclui uma visão claramente articulada, declaração de missão e valores e um RH mais estratégico. Também agrega o cultivo de uma cultura organizacional mais consistente e duradoura.

Os pilares das scale-ups

Uma empresa que atinge o estágio de scale-up é aquela que expande seu tamanho, alcançando resultados de forma persistente. Mas como elas tornam isso possível? Não há receita mágica; porém, geralmente, estão presentes três pilares fundamentais:

1. Gestão de talentos

Encontrar e reter os talentos certos é uma das prioridades das scale-ups. Compreende-se que a empresa só pode se tornar escalável quando tem as pessoas certas a bordo.

Como o consultor americano Jim Collins afirma no livro “Good to Great: Empresas Feitas para Vencer”, as empresas que crescem não determinam primeiro onde e como chegar. Elas primeiro encontram os profissionais certos para, então, esses levarem o negócio até onde se pretende ir. Isso porque, mesmo que se defina preliminarmente a direção certa, a empresa não será escalável com as pessoas erradas a bordo.

2. Foco no crescimento

Ilustração de um grupo de pessoas em reunião

Naturalmente, também está no centro desse tipo de empresa o foco em seu crescimento. A escalabilidade depende disso.

Portanto, primeiramente as scale-ups desenvolvem produtos e/ou serviços e modelos de negócio escaláveis e sustentáveis. Esses elementos são a fundação que serve de alicerce para que a companhia consiga manter suas diretrizes estratégicas e sua cultura. Dessa forma, ela se mantém enquanto investe em maneiras consistentes para continuar crescendo.

Para isso, essas empresas costumam ter uma forte orientação para resultados. Além disso, devem fazer o desdobramento de metas em todos os níveis a partir dos objetivos estratégicos da companhia. Assim, há uma sinergia de esforços que impulsiona o foco no crescimento contínuo baseado em metas desafiadoras, mas realistas.

3. Acesso a capital/investimentos

Outro elemento primordial para garantir a escalabilidade é o acesso a capital, frequentemente por meio de rodadas de investimentos. As scale-ups compreendem que reinvestir capital é combustível para acelerar e sustentar o crescimento. Dessa forma, fomentam a inovação e o aproveitamento de novas oportunidades no mercado.

As vantagens de uma scale-up perante empresas convencionais

Como você já deve imaginar, ao atingir o patamar de scale-up, a empresa conta com diversas vantagens. Seu produto/serviço tem demanda, seu mercado é claro, o incentivo para investidores é sólido e o financiamento geralmente alcança suas metas nas rodadas.

As scale-ups apresentam um modelo de negócio de sucesso, têm seu sistema de gestão bem encaminhado, competitividade elevada e são capazes de mitigar e reduzir riscos. Essas empresas sabem o que funciona e, embora ainda trabalhem e inovem com rapidez, os riscos que assumem são mais calculados.

Além disso, elas geralmente utilizam metodologias lean e mantêm processos enxutos, com foco na entrega de resultados, na eficiência e na produtividade.

Como tornar-se uma scale-up de verdade?

Para tornar-se uma scale-up bem-sucedida, a semente do crescimento potencial não será suficiente para florescer — você precisará regar o solo adequadamente.

Isso quer dizer que a consistência é uma das chaves para atingir este patamar. Não é à toa que, embora as scale-ups sejam geralmente mais jovens, elas não são exatamente iniciantes. No Brasil, comumente a empresa scale-up tem mais de dez anos de mercado, tempo que permite o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de seu modelo de negócio.

Será crucial que o modelo seja realmente escalável, sem que sua expansão signifique necessariamente o aumento de custos no mesmo passo.

Além disso, é fundamental articular sua missão para resolver uma necessidade relevante do mercado, por meio de um modelo de negócio ambicioso, voltado para o futuro, inovador e atraente a talentos, clientes e investidores.

Outro ponto importante é garantir que seu produto/serviço aumente em valor, não em preço, para permanecer competitivo.

Ter acesso a uma rede de suporte também é essencial para empresas nesse estágio. Conectar-se com profissionais e organizações que enfrentam os mesmos desafios é inestimável; não só faz sentido para os negócios como também pode ser uma fonte valiosa de apoio emocional e inspiracional. Também será importante ter acesso a suporte especializado — por meio de consultorias, por exemplo.

Esse apoio é primordial para modernizar e tornar os processos internos mais enxutos, eficientes e com etapas automatizadas. A tecnologia pode ser um recurso essencial para escalar operações mantendo os diferenciais, porém sob custos controlados.

Atraindo investimentos para se tornar uma scale-up

Existem muitas fontes de financiamento no cenário de investimento aberto às médias empresas no estágio de scale-up — desde empréstimos bancários a concessões públicas e privadas, que podem acelerar significativamente a trajetória de crescimento.

Uma fonte comumente utilizada vem dos investidores-anjo. Esses investidores apresentam alto patrimônio líquido e usam seus próprios recursos financeiros para impulsionar o sucesso de empresas de alto potencial.

Para elevar as chances de atrair esses investimentos, é fundamental ter um sistema de gestão bem desenvolvido, um plano de negócios atualizado e um planejamento consistente de como o aporte será utilizado e quais resultados serão alcançados a partir dele.

Antecipar o que os investidores provavelmente pensarão sobre determinados cenários — e certificar-se de que suas prováveis ​​perguntas não exponham falhas no seu modelo de negócio — também é um diferencial.

Informar-se sobre os investidores antes de conhecê-los também é importante. Lembre-se de que eles investem tanto em proprietários quanto em empresas; portanto, precisam estar confiantes nas suas habilidades e se sentir à vontade para lidar com você no futuro.

A boa notícia é que, quando se trata de financiamento, scale-ups geralmente podem fornecer aos investidores em potencial mais validação do que um MVP comumente apresentado por startups iniciantes, além de uma equipe confiável e uma grande oportunidade de mercado. E isso já representa uma grande vantagem para obter o capital necessário e atingir novos patamares.

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Lucas Vieira

Lucas Vieira

Analista de Conteúdo na Mid, especialista em SEO e em transformar ideias complexas em narrativas que geram impacto real. Atua há mais de 6 anos na interseção entre criatividade, estratégia e performance, criando conteúdos que ajudam líderes e empresas a crescer com clareza e propósito.

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