Os negócios do futuro já existem ou estão em gestação. Nada mais sugestivo para endossar tal afirmação do que o atual cenário de grandes transformações pelas quais estamos passando. Um exemplo disso são as mudanças nas relações de produção em diversos setores da economia.
Criptomoedas, NFTs, computação em nuvem, blockchain, infoprodutos… Esses são apenas alguns dos termos que tomam conta do noticiário relacionado à inovação e tecnologia.
Para quem ainda está alheio a esse processo, preparamos uma lista com sete exemplos de negócios do futuro inspiradores. Em cada tópico apresentado, nossa intenção não é demonstrar o que o mundo ou a economia se tornarão no futuro. Na verdade desejamos indicar como algumas mudanças, até pouco tempo impensáveis, já estão em curso. Confira!
O termo scale up foi utilizado pela primeira vez no ano de 2014, pelo investidor Sherry Coutu. Á época, sua intenção era encontrar uma palavra que definisse negócios do futuro capazes de sustentar vários períodos diferentes de elevado crescimento.
Segundo conceito estabelecido pelo próprio Coutu, “Scale ups são companhias com média de crescimento em geração de empregos (ou em lucro) maior do que 20% ao ano ao longo de um período de três anos. E que contem com 10 funcionários ou mais no início do período de observação.”
Mas o que isso significa em termos práticos, no dia a dia da empresa?
Basicamente, estamos falando de um negócio com um produto ou serviço bem formatado e com grande aceitação em seu mercado de atuação. Partindo desse patamar, os gestores passam a ser capazes obter ganhos contínuos de escala.
Os melhores exemplos para conhecer o conceito de scale up estão no setor de tecnologia. E aquelas especificamente que comercializam software por assinatura (SaaS) têm atraído cada vez mais atenção por conseguirem obter o tão almejado ganho de escala.
O diferencial deste modelo é conquistar escala com “certa facilidade”. Ou seja, com custo de manutenção se mantendo em um patamar fixo, enquanto o ritmo de crescimento de sua comercialização cresce de maneira acelerada (no que é providencial que seja um serviço altamente relevante e com boa capacidade de distribuição).
Assim, a venda de uma nova assinatura não representa nenhum centavo adicional de custo após o rompimento de um determinado patamar. Desta forma, o negócio chega a uma lucratividade extraordinária.
A chamada economia verde vem movimento bilhões de dólares todos os anos. Esse novo paradigma nas relações de produção e consumo parte de três pilares:
No contexto desse novo paradigma econômico, diversos setores vêm agindo. Muitos deles já promovem readequações, na tentativa de diminuir o impacto ambiental de suas atividades. Essas readequações passam por questões como:
Seja qual for o modelo de negócios de sua empresa, pelo menos alguns desses aspectos podem ser incorporados à execução das atividades. Consumidores e agentes governamentais, através de seus próprios meios, já sabem reconhecer o engajamento na promoção dessas mudanças.
Prova disso é o grande apelo no seio de toda sociedade por iniciativas sustentáveis. Ou então pela oferta de incentivos fiscais para empresas signatárias de programas voltados à proteção do meio ambiente.
Infoprodutos são produtos digitais com foco na oferta de informações relevantes. Eles podem ser distribuídos mediante pagamento ou gratuitamente. Já existem nos mais diversos formatos, como e-books, podcasts, videoaulas, entre outras centenas de possibilidades.
A principal função de um infoproduto é ajudar determinado público a resolver um problema de sua vida prática. Por isso, eles devem trazer dados e informações valiosas sobre determinada área do conhecimento na qual o infoprodutor é especialista.
Na prática, é como se uma empresa ou pessoa utilizasse todo o know-how em sua área de atuação para oferecer dicas práticas para pessoas comuns – que não têm acesso ao mesmo arcabouço de conhecimento. Por isso, o infoproduto pode ser formatado como uma aula, cartilha, manual, e-book ou infográfico.
Em geral, os infoprodutos podem ser comercializados a partir da estratégia de marketing de afiliados. Neste, parceiros do infoprodutor realizam a intermediação de vendas por meio de canais próprios de divulgação. O objetivo é receber por esse trabalho uma espécie de comissão.
No entanto, não se trata de uma regra. O infoproduto pode ser vendido ou distribuído pelos canais próprios da marca, sem intermediários.
Atualmente, alguns nichos de infoprodutos estão em destaque nas principais plataformas onde empresas os comercializam. São classificados como potenciais negócios do futuro e também do presente. Entre eles podemos citar:
NFT, a sigla do momento, designa o termo non fungible token, ou “token não fungível”. Em termos práticos, estamos falando dos já conhecidos tokens. Isto é, códigos numéricos com registro de transferência digital que garantem autenticidade a seus proprietários.
Basicamente, eles funcionam como itens colecionáveis, que não podem ser reproduzidos, mas sim transferidos. A principal diferença de uma NFT para uma criptomoeda, como o Bitcoin, é que ela não é intercambiável (tranferível entre diferentes agentes).
Apresentando esse conceito, muitas pessoas ainda podem estar se perguntando: o que faz desse “código” atribuído a determinado produto digital algo tão valioso ou um dos chamados negócios do futuro?
A pergunta faz bastante sentido no atual cenário, no qual aparecem diversas notícias de famosos. Um exemplo disso é Neymar, jogador do PSG e da Seleção Brasileira de Futebol, pagando milhões de dólares em NFTs de artes digitais.
Neste caso específico, estamos falando de uma produção artística cujo valor é atribuído pelo próprio público de interesse daquele segmento. Se as cifras chegam a casa dos milhões, por mais absurdo que isso possa parecer para algumas pessoas, existe um mercado onde esse item tem grande aceitação.
Mas, de forma mais ampla, o valor de uma NFT está associado a três questões importantes. Elas são: sua raridade, utilidade e tangibilidade.
E apesar do boom em torno das NFTs de produções artísticas, temos inúmeros outros exemplos possíveis de ativos nesse formato. Entre eles vale citar:
As soluções em cibersegurança tentam acompanhar o ritmo acelerado de digitalização de processos de trabalho em empresas dos mais diversos segmentos. O que não é uma tarefa fácil.
Afinal, enquanto o processo de transformação digital avança, também cresce o leque de ameaças possíveis em torno da operação de negócios inseridos nesse contexto. Você há de convir que a criatividade de grupos criminosos e o refinamento de seus métodos não deixam nada a desejar, não é mesmo?
Por isso, já existe um mercado constituído em torno de produtos e serviços relacionados a cibersegurança. Entre os principais segmentos podemos citar:
Não é exagero afirmar que o mercado de educação nunca mais será o mesmo depois da pandemia. Isso porque uma tendência já bastante consolidada de demanda por iniciativas de ensino à distância só fez crescer após a experiência do isolamento social.
Pelo menos é o que comprova a pesquisa Censo de Educação Superior, realizado pelo INEP. O levantamento constatou que o ensino à distância no Brasil já superou o presencial. Há mais alunos matriculados na modalidade EaD (53,3%) do que “in loco” (46,7%).
Ao mesmo tempo, nunca houve tanta oferta de ensino remoto. Esse mesmo estudo indicou 7,1 milhões de posições abertas, contra 6,3 milhões do ensino presencial.
E apesar de estarmos falando de dados referentes a chamada “educação formal”, não há porque dissociarmos essa tendência de outras iniciativas, como aquelas voltadas para o mundo corporativo e para nichos específicos.
A grande variedade de recursos disponíveis para produção e distribuição de projetos de ensino à distância atrai um número crescente de empreendedores para esse mercado. Para quem atua no segmento, uma das grandes vantagens é a possibilidade de mobilizar um conhecimento específico que detém e formatá-lo em um curso a ser disponibilizado em meio digital.
Para a operacionalização do projeto, o que não faltam são opções de plataformas de hospedagem, canais de vendas e divulgação. Tudo isso a custos acessíveis, que permitem a oferta de um produto de ticket baixo no mercado. Sem dúvida, estamos falando de mais um exemplo de negócios do futuro.
Os clubes de assinatura também fazem parte do que podemos chamar de negócios do futuro, apesar de já termos atualmente iniciativas notáveis na área.
Podemos citar, como exemplo, os famosos clubes de vinhos. A partir de uma assinatura, mensal, anual ou semestral, o consumidor recebe diretamente em sua casa rótulos selecionados de bebidas de sua preferência, à preços considerados bastante competitivos.
Neste caso em específico, temos um apelo atrelado a exclusividade, uma vez que o assinante faz parte de um grupo seleto de pessoas a desfrutar da curadoria de rótulos realizada por enólogos — serviço, até então, inacessível para grande parte de famílias de classe média.
Podemos falar também das famosas cestas de alimentos agroecológicos. No contexto dessa iniciativa, temos produtores locais, ligados a agricultura familiar, que comercializam um mix de produtos alimentícios, como frutas, verduras, hortalíças, entre outros artigos benefíciados. Tudo isso, é claro, sem agrotóxicos ou conservantes
Normalmente, a cesta é entregue periodicamente pelos produtores na residência dos assinantes, que além de receberem aliementos orgânicos diretamente em suas casas, não precisam mais se preocupar em fazer a feira do mês.
Vale ainda citar outro exemplo de clubes de assinatura, como o do mercado pet. Empresas desse segmento oferecem a seus assinantes um pacote mensal de mimos para animais de estimação. São entregues brinquedos, petiscos, acessórios estilizados, entre muitos outros itens.
Os negócios do futuro, alguns de forma mais direta e outros menos, já fazem parte da atual configuração da economia. E a velocidade com que eles crescem impressionam, fazendo que somente observadores mais atentos possam identificar sua relevância em um primeiro momento.
Por isso, é indispensável ficar atento às iniciativas inovadoras em seu mercado de atuação, na tentativa de identificar quais práticas e abordagens podem ser incorporadas a operação de sua própria empresa ou projeto de negócio.
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