Nos últimos meses, as médias empresas precisaram se reinventar, visto que a pandemia trouxe impactos sem precedentes. Ela teve que competir com a estrutura e fluxo de caixa das grandes, isso sem mencionar o nível de maturidade em gestão e o acesso ao crédito.
Para 2021, será preciso aprender com os últimos eventos no mundo, sempre com intuito de melhorar a gestão. A questão é: o que será preciso para garantir resultados positivos? A gestão nas médias empresas possui um papel fundamental para que tudo ocorra dentro do previsto, mesmo com fatores externos que possam surpreender.
Entre os desafios, um alinhamento estratégico claro entre a alta administração, uma cultura implementada de ambidestria, um eficiente desdobramento de metas e gestão de processos, alinhado a um desenvolvimento das lideranças são alguns dos desafios de gestão que colocarão as médias empresas no rumo de atingir novos patamares de resultados!
A recessão econômica é um fato, já que há pouco dinheiro circulando e o nível de investimentos está baixo.
O aumento do dólar e das commodities influencia e faz com que os preços se elevem. Somado a isso, há um aumento da inflação acima do projetado, elevando os custos de produção. O desemprego e a insegurança financeira também contribuíram para diminuir o poder de compra.
A soma destes diferentes fatores que afetam a economia de forma negativa precisa ser considerada. A possibilidade de haver uma falência corporativa é grande e a reinvenção é a única maneira de tentar se manter competitiva. A questão é: como fazer a média empresa lidar com essa situação e sair vitoriosa?
Não há segredo. Um bom alinhamento estratégico e uma cultura de melhorias e inovações focadas em resultados são os “antídotos” a esse cenário.
Em termos de estratégia, quais oportunidades podemos considerar na continuidade a médio e longo prazo da organização? Dentre alternativas estratégicas, as médias empresas podem recorrer às parcerias, como muitas vezes fizeram no passado.
Não era raro ver empresas do setor logístico com crescimento baixo ou do setor de construção, quase estagnadas. Elas aproveitaram o momento de crise e se destacaram, pois, além de haver um aumento na procura por esses serviços, ofereçam soluções mais interessantes que as das concorrentes.
Na construção, as construtechs se uniram às construtoras tradicionais para agregar softwares que aumentassem as vendas, além da ampliação de ofertas das residências inteligentes e construções verdes.
Já num plano mais tático, é importante que a empresa pense em inovações com foco em resultados e no cliente. Nesse sentido, a possibilidade de investir em tempos difíceis pode ser a melhor saída, principalmente ao incluir em seu portfólio produtos ou serviços que atendam às necessidades do mercado. Será necessário que a gestão pense em novas soluções ou reformule as já existentes.
A inovação é importante, mas a contínua melhoria dos processos igualmente. Exemplo disso é que dentre as ações adotadas pelo setor logístico houve a automatização de processos que, aliado a uma nova oferta de serviços que rivalizem diretamente com os Correios, tornou as empresas uma alternativa viável especialmente para players de e-commerce.
Encontrar maneiras de driblar a crise sem precisar mudar de segmento será um grande desafio. Um alinhamento estratégico aliado a uma cultura de ambidestria (melhorias e inovações) trará para as empresas um diferencial competitivo.
A pandemia teve um grande impacto na economia e nos negócios e o controle dela através da vacinação vai voltar a influenciar as empresas dos setores impactados positivamente. A vacinação promete trazer a normalidade de volta, porém, quanto tempo levará para que boa parte da população esteja imunizada?
Por ora, o que se vê mundialmente é um retrocesso em questão de reabertura do comércio e serviços não essenciais, e isso impacta nos negócios. O lockdown pode impedir que seus planos aconteçam, sendo necessário considerar tal informação no momento do planejamento. Estratégias precisam garantir que se possa lidar com essa situação.
O planejamento 2021 precisará ter um esforço redobrado: é preciso ter um cenário A e um cenário B! A gestão das médias empresas precisa levar esse fator em consideração, entendendo que, se o cenário da saúde melhorar nos próximos meses, as estratégias adotadas seguirão um padrão específico. Caso a situação se mantenha como está ou piore, a gestão deverá se adaptar para não deixar a organização se extinguir ou pedir falência.
Mas como se mover rapidamente entre um e outro cenário? Além do planejamento reforçado, o controle de indicadores que monitorem a retomada de atividades do seu segmento é fundamental por parte da alta administração. Em uma governança de resultados, será preciso que a reunião com a Alta Administração vá além dos resultados da empresa, contemplando também esses indicadores de mercado de forma paralela. É preciso se mover rápido quando necessário! 2021 continua sendo um ano de riscos e oportunidades.
O processo de aceleração em relação ao uso de tecnologia que se iniciou em 2020 terá continuidade em 2021. A inteligência artificial estará ainda mais presente, seja no relacionamento com o cliente ou até mesmo para organizar a cadeia de suprimentos. Softwares e aplicativos que ajudem a trazer soluções para as empresas e permitam a otimização dos trabalhos serão de suma relevância.
O desafio da gestão nas médias empresas será o de encontrar recursos tecnológicos que sejam condizentes com os negócios e tragam os ganhos esperados no curto prazo. Por exemplo, um fabricante de cosméticos precisará de um software mais eficiente para gerir o estoque, ter canais de venda online como e-commerce e redes sociais e possuir um atendimento que conte com IA integrada.
Entretanto, a tecnologia não se resume apenas aos setores administrativos e de vendas. Esse mesmo fabricante precisará encontrar maquinário e equipamentos que produzam mais, com menores custos.
Com todo esse “arsenal” de tecnologias no mercado, o que priorizar? Um eficiente desdobramento de metas certamente trará clareza sobre os principais processos que devem ser investidos para fins de melhorias e inovações. Onde estão as principais metas de melhoria? Quais delas mais impactam o resultado global da organização?
Será necessário sair de um momento de crise para migrar a um que envolva mais tecnologia. E priorização é uma palavra chave para direcioná-lo a um investimento assertivo de recursos financeiros e de tempo para fazer da transformação digital um impulsionador de resultados.
2020 foi o momento de desglobalizar a economia e o consumo. Com a falta de matéria-prima e isolamento, as pessoas começaram a buscar o que havia por perto de onde moravam. Essa tendência deve continuar em 2021.
As médias empresas têm uma grande oportunidade de crescimento no momento de mercado local pois estão mais próximas de uma comunidade. A grande questão é: como chegar a esse público e criar um vínculo com ele? Certamente esse desafio passa por colocar uma “lupa” na gestão de imagem da empresa.
Não é apenas o consumidor final que sofreu impactos — as empresas também precisaram repensar seus processos, visto que suas cadeias de suprimentos ficaram desabastecidas. Diversos fornecedores durante a pandemia fecharam fábricas ou interromperam a produção, gerando um grande desabastecimento global.
Esse ano será preciso rever a cadeia de suprimentos, já que não se pode confiar nos fornecedores que estão tão distantes. Encontrar os locais, ou ao menos nacionais, será um desafio principalmente para dar continuidade a qualidade e ter preços mais competitivos.
Mais do que olhar para o mercado, é preciso um olhar interno também. A gestão dos processos é um elemento que poderá, se não compensar, mitigar os efeitos de mercado. Quais os processos prioritários, mais críticos em termos de impacto, da sua empresa? Quais as principais desconexões deles e suas causas raízes? Quais ações podem ser endereçadas e priorizadas? Uma boa gestão de processos certamente trará alternativas para não se ter o mesmo impacto de 2020.
Com o isolamento social, muitas empresas adotaram o home office. 2021 será o ano de melhorar a gestão dessa modalidade de trabalho. Como não há uma previsão certa para que a pandemia acabe, algumas empresas continuarão a usar esse modelo de trabalho. Por isso, será preciso organizá-lo melhor.
A gestão remota exigirá mais atenção do que nunca — agora é hora de aprender com os erros de 2020 e aprimorá-los. Habilidades como clareza na comunicação, o alinhamento do propósito dos colaboradores com a empresa e o apoio emocional à equipe serão essenciais.
Desenvolvimento de habilidades se reflete em atitudes. Como exemplo, o aprendizado desses pontos serão necessários para que as informações circulem e não se crie ciclos de microgerências. Eles também permitirão que sejam estabelecidos limites, definindo horários de trabalho e meios de comunicação para que os trabalhadores não se sintam exaustos ou insatisfeitos.
Assim, o foco no desenvolvimento de soft skills — habilidades que lidam com relação e interação — dos gestores ganhou acentuada importância no dia a dia de cada líder. Para contar com o parceiro ideal nessa jornada, lembre-se que o desenvolvimento dessas competências deve estar sempre com foco em gerar valor para o indivíduo e para a empresa, além de que cada gestor tem competências específicas a serem desenvolvidas. Em outras palavras, a individualização do aprendizado precisa ser levada em conta!
A liderança remota é vista como um dos maiores desafios para os líderes e aprender sobre ela exige prática e orientação. E você, como está lidando com esse desafio?
Gostou do nosso artigo? Quer estar sempre informado sobre as novidades sobre gestão? Então se escreva para receber a newsletter do blog e não fique desatualizado!
Para solicitações de imprensa favor entrar em contato com: [email protected]