A sustentabilidade é um tema que tem sido muito relevante nos últimos anos. Em virtude disso, está sendo pauta também dos investidores. Eles buscam cada vez mais por um investimento sustentável. E, nada mais justo, não?
É essencial que exista uma harmonia entre o ser humano e a natureza em todas as esferas, incluindo a financeira. A realização de investimento sustentável, ou responsável, é um tema que está rondando os maiores investidores. Especialmente aqueles que gostam de seguir as tendências do mercado financeiro estrangeiro, há um tempo.
No entanto, agora, o investimento sustentável está começando a surgir e ser uma opção inclusive para os investidores pequenos. Isso acontece porque o ESG é um assunto que está se tornando mais interessante para gestores e investidores brasileiros.
Ao pararmos para estudar sobre sustentabilidade, temos consciência que o termo é amplo. Por exemplo, ele vai além de práticas como economizar água ou reciclar o lixo, certo? A sustentabilidade está relacionada com o pensamento dos amplos impactos do homem na natureza.
Dessa forma, se torna indispensável analisar qual o papel das empresas e indústrias na preservação das riquezas naturais do planeta. Assim como tornar o mercado financeiro mais adepto às práticas sustentáveis.
Com tais atitudes, não somente o meio ambiente se beneficia. Mas os investidores que têm esse perfil conseguem investir de maneira mais alinhada com os seus valores. Desta forma, encontram ainda um retorno financeiro.
Sendo assim, os investimentos sustentáveis são aqueles que são feitos considerando os critérios de sustentabilidade ESG. Ou seja, são analisados mais do que apenas natureza, mas impactos sociais e de governança.
Ao falarmos de números, por exemplo, o Global Sustainable Investment Alliance divulgou recentemente que o segmento de investimento responsável já chega a US $31 trilhões no mundo. Isso representa 36% dos ativos financeiros totais sob gestão.
Mais do que isso, dados da Morningstar compilados pelo Morgan Stanley em um estudo de 2019, mostram que, na época, existiam 281 fundos de investimento nos EUA com foco em ESG. Isso representa um aumento de 144% no número de fundos desde 2004.
No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em junho deste ano, a categoria de investimentos sustentáveis somou R$ 543,4 milhões. Isso representa um crescimento de 29% em relação ao mesmo período de 2019.
Por meio das esferas social, ambiental e econômica, a sustentabilidade é analisada e, por meio delas, há a indicação de um equilíbrio harmonioso. Ou seja, esse tripé corresponde a uma tendência para as empresas que passam a se comprometer com a sustentabilidade no seu dia a dia. As características principais de cada uma dessas dimensões são:
Essa dimensão se refere ao capital natural de um empreendimento ou sociedade. Portanto, precisamos pensar o seguinte: toda atividade econômica gera algum impacto ambiental negativo. Sendo assim, as empresas precisam pensar em formas de amenizar esses impactos.
As organizações podem repor matéria-prima ou usá-la de forma racional. É possível também atuar medindo a quantidade de gases poluentes que são emitidos. Por fim, adotar medidas para evitar a emissão desses gases.
A sustentabilidade social está relacionada com o capital humano do empreendimento. Ou seja, com a comunidade e sociedade como um todo. Então, nestes casos, são avaliados salários justos, bem-estar dos colaboradores, adequação à legislação brasileira, ambiente de trabalho agradável, impactos das atividades empresariais nas comunidades da região e preocupação com a saúde dos colaboradores.
Por último, temos a sustentabilidade econômica, que se refere ao alcance do lucro por meio da produção. Nela, é necessário avaliar a distribuição e consumo dos produtos, avaliando ações que minimizem a exploração do meio ambiente.
Os dois princípios que dão movimento às iniciativas de fundos ESG no Brasil e no restante do mundo são: ter maior rentabilidade financeira e dar sentido ao dinheiro que é investido.
O investimento sustentável ajuda a garantir mudanças palpáveis no mundo, visto que há um incentivo nas empresas que já apresentam um compromisso firmado com a sustentabilidade.
Ou seja, há um investimento em empresas que estão preocupadas com o futuro e com as novas gerações. Seja em razão da forma como melhoram as condições de trabalho das equipes, ou em virtude dos compromissos que assumem com as comunidades ao seu entorno. Essas empresas mudam a realidade.
Com isso, há um investimento no foco de pessoas, que buscam também por essas mudanças. O investimento sustentável é a forma do investidor não abrir mão da rentabilidade que obtém com os fundos de investimentos tradicionais, mas se focar também nas pessoas e no meio ambiente.
Os fundos de sustentabilidade são um modelo de investimentos, no qual são classificados pela aplicação em ações de empresas que estão enquadradas no índice ESG. Ou seja, o investimento em organizações que possuem boa performance em critérios sustentáveis.
O mercado financeiro enxerga que as empresas com bons indicadores de sustentabilidade terão bons resultados no futuro. Isso acontece pois entende-se que essas empresas trabalham bem a sua perpetuidade.
As atitudes de tais empresas transmitem maior segurança e solidez aos investidores de longo prazo. O resultado é um aumento da demanda e resultados acima da média. Ou seja, uma excelente opção de investimento em renda variável.
Por fim, vale lembrar que os fundos de investimento analisam e classificam as empresas de acordo com os critérios ESG para direcionar os aportes. Inclusive, os resultados para as empresas que apostam nessas boas práticas são positivos para a percepção que o mercado tem, não somente para a atração de investidores.
Portanto, caso sua empresa deseja adotar boas práticas, mas ainda há dúvidas de por onde começar, confira a seguir algumas iniciativas voltadas para as três dimensões do ESG:
O ESG está relacionado a um conjunto de práticas que também podem ser notadas pelos consumidores, na hora de escolher os produtos. Algo que antes era visto como ambientalismo ou idealismo, atualmente interfere de maneira direta nos resultados das empresas.
Consumidores, investidores e profissionais de maneira geral estão cada vez mais atentos à sustentabilidade, bem como interessados em entender os impactos de toda cadeia de produção das empresas. Entenda melhor sobre o assunto e sobre gestão no nosso blog!
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