Indústria de bens de consumo: contextos, processos e tendências

Indústria de bens de consumo: contextos, processos e tendências
Processos
Tempo de leitura: 3 minutos
Última atualização: 26/09/2025

Panorama do consumo e alerta para a indústria

Em junho de 2021, o Brasil registrou, pela primeira vez no ano, uma queda no Índice Nacional de Consumo, medido mensalmente pela Abras. Embora modesto, o recuo de 0,68% acendeu o sinal de alerta na indústria de bens de consumo.

Mesmo após quase quatro meses, os números ainda geram dúvidas sobre a retomada da economia e o futuro do consumo no país. Em outras palavras, muitos empreendedores seguem inseguros diante do cenário socioeconômico.

A escassez de matéria-prima, o aumento de custos e a pandemia pressionaram os preços. Consequentemente, o consumidor perdeu poder de compra.

Prioridades no cenário adverso

Em um ambiente tão desafiador, foco é essencial para atacar os problemas prioritários. Por isso, este artigo discute os principais entraves da indústria de bens de consumo e, além disso, apresenta caminhos práticos para superá-los.

Escassez de matéria-prima: como se adaptar

Para entender a indústria de bens de consumo hoje, é preciso começar pela falta de insumos. Segundo a Sondagem Industrial da CNI, a carência — ou o alto custo — de matéria-prima segue entre os principais problemas do setor no segundo trimestre de 2021.

Esse quadro se repete há quatro trimestres, o que indica dificuldade em contornar o tema. As causas são conhecidas: a pandemia interrompeu cadeias globais e, na retomada, a demanda represada elevou a concorrência por insumos.

Além disso, a alta do dólar encareceu partidas importadas e tornou mais atraente exportar do que vender no mercado interno. O resultado: pressão adicional de custos.

bens de consumo

Medidas imediatas para ganhar fôlego

Não existe solução única. Ainda assim, é possível aumentar a austeridade do negócio para negociar melhor, reduzir desperdícios e elevar a eficiência. Assim, a empresa mitiga repasses de preço e mantém valor percebido pelo cliente.

Alta de insumos: como proteger vendas e margem

O dólar abalou estruturas quando bateu R$ 5,90 em maio de 2020. Mesmo com alguma desvalorização, segue acima de R$ 5,50. Em ano eleitoral e com incertezas políticas, a perspectiva de alívio no curto prazo é limitada.

Logo, a pressão de custos veio para ficar por algum tempo. Portanto, a resposta combina tecnologia e dados — para prever demanda e planejar estoques — com gestão disciplinada de processos.

1) Negocie melhor com fornecedores

Quando preços sobem, revise contas e busque compensações. Além disso, mapeie fornecedores-chave, aprofunde o relacionamento e amplie o leque de ofertas. Plataformas de bidding ajudam: os fornecedores analisam a sua solicitação, enviam propostas e você escolhe a melhor combinação de custo e prazo.

2) Corte desperdícios e otimize processos

Olhe para dentro. Otimize o uso de insumos e elimine perdas na produção. Desse modo, controle materiais, adote estoques no conceito just-in-time e reduza risco de perda, deterioração e danos.

Evite compras desnecessárias. Além disso, cruze previsão de vendas com níveis de estoque para manter bom giro. Priorize itens mais rentáveis e, por fim, audite periodicamente almoxarifado e consumo real para achar melhorias.

3) Reprecifique com estratégia

Há um limite para compensações. Em algum momento, será necessário repassar parte do aumento. Faça isso elevando a percepção de valor: reduza custos de entrega, adicione serviços opcionais ou evidencie diferenciais competitivos.

Práticas ESG e certificações como B-Corp reforçam reputação e justificam preço. Além disso, velocidade conta: políticas, processos e rotinas comerciais bem definidos permitem ajustes rápidos nas negociações.

O que vem pela frente na indústria de bens de consumo

Mudança do consumidor

A pandemia acelerou uma revolução já em curso. Com mais informação, o consumidor ficou mais exigente. Por isso, busca qualidade, propósito e marcas responsáveis social e ambientalmente.

ESG como padrão

O compromisso com os ODS da ONU já integra a agenda de 83% das empresas do ISE B3, segundo o Pacto Global. Nelas, as práticas ESG permeiam estratégias, metas e resultados; contudo, a execução consistente ainda é diferencial competitivo.

Indústria 4.0 e dados

A digitalização oferece a própria solução para muitos dilemas. Automação eleva produtividade e eficiência para compensar custos mais altos. Além disso, técnicas de análise de dados — Big Data, IA e machine learning — melhoram previsões de demanda, monitoram fornecedores e embasam decisões.

Relação com fornecedores mais ágil

Canais digitais aproximaram empresas e fornecedores B2B. Com isso, a comunicação ficou direta e veloz, facilitando a reposição de matéria-prima e a gestão da cadeia de suprimentos.

Olhar estratégico adiante

Embora persistam incertezas macroeconômicas, já dá para mapear tendências claras. Portanto, empreendedores que entendem essas mudanças e as incorporam ao processo produtivo saem na frente e ampliam participação.

Próximos passos

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Lucas Vieira

Lucas Vieira

Analista de Conteúdo na Mid, especialista em SEO e em transformar ideias complexas em narrativas que geram impacto real. Atua há mais de 6 anos na interseção entre criatividade, estratégia e performance, criando conteúdos que ajudam líderes e empresas a crescer com clareza e propósito.

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