A taxa básica de juros em dois dígitos, o mais amargo dos remédios do Banco Central para domar a inflação, tem se tornado um veneno para as empresas de médio porte. Isso porque, diferentemente das grandes e das micro e pequenas, que possuem linhas de crédito subsidiadas específicas, a persistência da Selic em 13,75% ao ano prejudica o fluxo de caixa, encarece o custo de capital e estrangula a capacidade de crescimento e de investimentos no médio e longo prazo. Nesse ambiente desafiador, mais do que nunca é fundamental definir uma boa estratégia de gestão e ampliar o conhecimento das especificidades e pontos sensíveis de cada negócio.
Na visão do cofundador e diretor de operações da Mid by Falconi, Rafael Fraga Silveira, a média empresa tem de agir de maneira diferente diante de uma situação nova. “Adequações são necessárias o tempo todo. Para jogar o jogo, as empresas de médio porte precisam buscar conhecimento”, afirma. “Deve-se olhar para dentro e analisar se a estrutura, as pessoas e os processos têm maturidade suficiente para lidar com essa nova conjuntura.”
No quesito conhecimento – um dos princípios básicos defendidos pelo professor Vicente Falconi –, Silveira reforça que um diagnóstico preciso diante de um contexto complexo como o atual, com a Selic nas alturas, só é possível a partir de um estudo técnico e qualificado. “O empreendedor talvez não tenha domínio de finanças, e nem é necessário que tenha, mas ele precisa de um gerente financeiro parrudo e de uma equipe na área financeira que seja madura”, diz o executivo.
Essa maturidade é necessária para que, diante da realidade da organização e do cenário macroeconômico do país, opções como abertura de negociações com players diferentes, diálogo com fornecedores, mudança de políticas comerciais, reperfilamento da dívida, mudança da estrutura societária ou mesmo uma fusão ou aquisição sejam discutidas profundamente. Insights sólidos certamente surgirão a partir da análise técnica dessas possibilidades. “Esse exercício é o primeiro passo para as médias empresas não serem tão afetadas pelo cenário de juros altos”, defende Silveira.
Com o diagnóstico em mãos, o empresário poderá avaliar se é o momento certo de contratar uma consultoria específica ou de partir ao mercado em busca de profissionais especializados que joguem de forma competente esse jogo, sabendo das táticas e do timing adequado para mudanças estratégicas.
O poder da gestão
Com a gestão, é possível trazer à luz os problemas e tomar as decisões certas. Por meio dela se consegue priorizar, identificar as lacunas, definir as ações e acompanhar a execução. Num cenário desafiador, como o atual, a Mid by Falconi, consultoria em gestão empresarial voltada para médias empresas, é ainda mais importante. “A grande empresa tem mais caixa e maior capacidade de implementar uma tomada de decisão de forma lenta. Já a média empresa, não. Ela precisa tomar decisões rápidas”, afirma Silveira. “Se os fóruns de discussão e de análise não estão sendo feitos, os problemas não estão sendo expostos. Se eles são desconhecidos, nenhuma decisão será tomada. Sem decisões estratégicas, o negócio corre um sério risco de sofrer fortes danos ou até de deixar de existir.”
Num contexto de necessidade de mudança rápida, não existe uma única cartilha padrão para todas as empresas e setores. Após o diagnóstico, cada organização deve estabelecer um plano de reestruturação customizado para a sua realidade. Entre os itens mais apontados pela Mid, está a criação de um comitê de crise para a discussão dos melhores caminhos a serem trilhados numa conjuntura excepcional, como uma guerra, uma pandemia ou um ambiente macroeconômico mais adverso.
No exercício da boa gestão e com um diagnóstico profundo à disposição, o empresário saberá se, no caso de uma dificuldade pontual na captação de recurso, o melhor a ser feito é a análise de linhas de crédito, de contratos, de ativos ou a abertura de negociações diretas com bancos, financeiras e FIDCs. Agora, se o problema está no ciclo financeiro, os dados apontarão se a melhor opção é a diminuição do estoque (no caso de varejo ou indústria), o aumento do prazo de pagamento aos fornecedores e a antecipação da data de vencimento. E, se ineficiências operacionais forem identificadas, é preciso discutir corte do quadro de pessoal ou mesmo o fechamento de algum escritório ou unidade em localizações caras.
Essas são algumas das alternativas que, a partir do conhecimento e da gestão empresarial, poderão ser avaliadas como soluções. “Com a Selic nesse patamar, decisões difíceis são tomadas ou postergadas. Se os juros são esses, alguns investimentos ou gastos passam a não ser mais necessários”, diz Silveira. “O problema é quando, diante dessa situação, o empresário não toma decisões claras e objetivas. Mesmo diante de questões emocionais, atitudes são necessárias e fazem parte do jogo”. Isso poderá, segundo ele, ser decisivo para o sucesso ou fracasso da empresa.
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