Se você nunca ouviu falar sobre a Internet das Coisas (IoT) ou já conhece um pouco sobre o tema, saiba que esse termo aparecerá com muito mais frequência a partir de agora. Isso porque estamos falando de uma tecnologia capaz de revolucionar as relações produtivas em diversos segmentos da economia.
A propósito, a IoT já se faz presente em nossas vidas há algum tempo. Dispositivos como relógios inteligentes e aplicações na área de gerenciamento de tráfego são alguns exemplos de aplicações práticas da tecnologia já reconhecidos por muita gente.
Com o início da operação do 5G no país e no mundo, a tendência é que tenhamos um aprofundamento no desenvolvimento de novas aplicações envolvendo Internet das Coisas, além, é claro, do refinamento daquelas já existentes.
Para quem deseja saber mais sobre o tema, preparamos um conteúdo exclusivo para descrever como a IoT vem mudando a realidade das empresas. Para tanto, contaremos um pouco da história da Internet das Coisas, falaremos das tecnologias que permitiram seu desenvolvimento, das principais aplicações já existentes em diversos ecossistemas de negócios e das perspectivas para o futuro.
Além disso, daremos destaque sobre como as soluções de IoT mais bem-sucedidas são implantadas para se alinhar aos principais resultados de negócios. Tais resultados, em geral, tem impacto em economia de custos, eficiências operacionais e no desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Ao final, ainda faremos um balanço da relevância das aplicações da Internet das Coisas, sua importância para o ambiente de negócios no Brasil, além de indicar por quais motivos as empresas devem considerar o investimento nessa nova tecnologia.
Continue com a gente e boa leitura.
Dados são considerados insumos valiosos para as organizações e a IoT permite gerá-los a partir de dispositivos de diversas naturezas, sendo eles capazes de otimizar cadeias produtivas e/ou serviços. Tudo isso viabiliza entregas mais ágeis e de mais valor ao cliente.
Por meio da IoT, uma grande variedade de soluções pode ser criada ou otimizada, seja qual for o ramo de negócios da empresa. Isso se traduz em diminuição de custos, qualificação dos produtos/serviços, novas experiências junto ao cliente, entre outros pontos relevantes.
A propósito da experiência do cliente, é interessante pensar em como a Internet das Coisas é capaz de revolucionar o cotidiano da maioria das pessoas. A partir de uma simples conexão feita via smartphone, uma série de comandos podem ser acionados para execução de diferentes tarefas. Tudo isso de forma bastante dinâmica e interativa.
Para a economia como um todo, podemos ainda perceber muitos outros benefícios. Teremos melhorias no transporte, no setor de saúde, na segurança pública, na logística, entre outras áreas.
Vejamos algumas dimensões que merecem ser avaliadas no gerenciamento de um projeto em IoT:
Quais objetivos transformacionais são uma prioridade para a sua empresa? Os projetos em IoT estão à frente de muitos esforços de transformação hoje, seja no que se refere ao desenvolvimento de produtos ou serviços.
Para chegar a essa definição, comece realizando uma leitura estratégica de seu negócio. Identifique quais áreas são compatíveis com o desenvolvimento de soluções em IoT e como elas podem impulsionar o sucesso da sua organização.
Em meio a esta análise, certifique-se de conciliar pragmatismo (o que comprovadamente funciona) e visão (como a IoT pode proporcionar resultados duradouros).
Sua empresa está buscando novas oportunidades de crescimento? A IoT pode ser uma aliada neste processo, sobretudo quando falamos de negócios digitais.
Para citarmos alguns exemplos, podemos falar de fabricantes com o objetivo de transformar seu modelo de negócios de venda de equipamentos em cobrança pelo uso dessas ferramentas. Visando tal mudança, aplicações em IoT são desenvolvidas para mensurar a usabilidade.
Outros fabricantes estão procurando a IoT para automatizar a identificação de clientes e suas preferências. Trata-se de uma aplicação especialmente utilizada nos setores bancários e do varejo.
Antes de implementar um projeto em IoT, é muito importante avaliar o impacto percebido pelo capital humano de sua empresa. Para tanto, é importante se perguntar: o que eu ganho com isso e por que a equipe deve usar a solução desenvolvida?
Quais valores pessoais (em oposição ao corporativo) serão percebidos por eles? Seu trabalho se torna mais fácil, seguro e agradável? Eles poderão desenvolver novas habilidades?
As respostas para esses questionamentos são indispensáveis para validar a adequação de seu projeto de IoT. Afinal, em qualquer processo de transformação organizacional, as pessoas nunca podem estar fora da equação.
A Internet das Coisas (IoT) pode ser compreendida como a rede de objetos físicos incorporados a sensores, softwares e outras tecnologias com o intuito de conectar e compartilhar dados com outros dispositivos e sistemas de informações. Esses dispositivos variam de aparelhos domésticos comuns a ferramentas industriais de elevada tecnologia.
O termo foi cunhado no século passado, mais precisamente em 1999, ano em que Kevin Ashton, aluno do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o propôs para designar a tecnologia ainda em gestação.
Na sequência, dez anos depois ele escreveu o artigo “A Coisa da Internet das Coisas” para o RFID Journal para exemplificar com maior consistência quais seriam as expectativas em torno do desenvolvimento das aplicações na área.
Passada mais uma década desde a publicação do “manifesto”, temos mais de 27 bilhões de dispositivos conectados e compartilhando informações entre si. Essa é uma das constatações trazidas pela pesquisa ISG Provider Lens Internet das Coisas (IoT).
Além de um panorama em escala global, o estudo também apresenta qual o estágio de maturidade das empresas associadas a essa indústria no Brasil.
Os resultados do trabalho, desenvolvido pela TGT Consult e a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), demonstra que o tema ganhará importância ao longo dos próximos períodos no ambiente empresarial brasileiro e também no âmbito governamental. A expectativa é que as soluções em IoT contribuam para o aperfeiçoamento operacional das companhias.
No estudo, o autor e analista da TGT Consult/ISG, David de Paulo Pereira, explica que o mercado de serviços relacionados à consultoria, implementação e serviços gerenciados de Internet das Coisas vem evoluindo significativamente, desde a publicação do Plano Nacional de IoT.
Além disso, ainda de acordo com a pesquisa, o gerenciamento e monitoramento de ativos de toda natureza e o uso de dados e inteligência artificial (IA) voltados à tomada de decisão se tornaram uma atividade comum em diversos segmentos, como Agronegócio, Saúde, Telecomunicações, Logística e com mais frequência em processos produtivos no ambiente das fábricas.
A Internet das Coisas é viabilizada por uma série de inovações tecnológicas relativamente recentes. Entre as principais delas podemos citar:
Grande parte dos equipamentos utilizados em processos produtivos já contam com conexão à internet. Isso permite que eles se conectem e compartilhem informações entre si, de modo a viabilizar a automação de processos.
Com o 5G, teremos um aprofundamento dessa interconectividade. Afinal, estamos falando de uma rede cuja velocidade é até 100x superior à do 4G, o que permite o desenvolvimento de uma série de aplicações.
Pensando em um processo da indústria, por exemplo, podemos ter diferentes equipamentos capazes de compartilhar informações em uma fração de segundos. Nesse caso, tudo pode parecer um detalhe, já que a velocidade de conexão atual pode realizar o mesmo procedimento em segundos.
No entanto, para um processo de altíssima eficiência e complexidade, um centésimo de segundo já é capaz de inviabilizar a operação.
Para tornar mais simples a compreensão, podemos utilizar o exemplo dos carros autônomos. Numa via, o computador de bordo do veículo deve ser capaz de realizar a leitura de diversos elementos. Ele deve identificar qual a distância para outros veículos e sua velocidade, pessoas em movimento, sentido da via, entre outras centenas de parâmetros.
Sem uma velocidade de conexão como a oferecida pelo 5G seria impossível realizar todas essas operações dentro de um intervalo de tempo razoável. No caso do carro autônomo, seria o mesmo que arriscar a integridade do veículo e das pessoas na via. Já no contexto de um processo produtivo, como já mencionado, significa comprometer a eficiência do processo ou mesmo inviabilizá-lo.
Por último, vale ainda mencionar que, mais do que velocidade, a rede 5G também oferece o que chamamos de baixa latência. Para quem nunca ouviu falar no termo, trata-se do tempo de resposta entre um comando feito e sua execução. Isso viabiliza uma conexão mais estável.
Como isso, a limitação da internet que conhecemos (como oscilação de velocidade) tende a diminuir consideravelmente, conforme a nova rede comece a funcionar no país, o que deve ocorrer ao longo dos próximos quatro anos. O cronograma de implementação vai até 2028.
Vejamos, então, quais setores podem se beneficiar da internet das coisas.
O setor industrial pode obter vantagens competitivas utilizando o monitoramento da linha de produção. Essa interface possibilita a manutenção proativa de maquinários e equipamentos de diversas naturezas.
Isso ocorre graças aos sensores capazes de detectar falhas iminentes durante as operações realizadas. Os dispositivos desenvolvidos a partir da tecnologia de IoT podem mensurar, até mesmo, quando a produção será comprometida.
Dessa forma, os gestores podem retirar o maquinário para a manutenção, evitando o comprometimento de peças importantes e uma retomada mais célere da produção. Em termos práticos, estamos falando da otimização de toda a cadeia produtiva, que passa a funcionar com maior eficiência.
O setor automotivo é mais um a se beneficiar das aplicações em IoT. Além dos benefícios já mencionados nas linhas de produção, os mesmos sensores utilizados nos processos produtivos podem detectar defeitos iminentes dos componentes dos veículos que já estão rodando. Isto é, os proprietários dos veículos poderão ser avisados antecipadamente de eventuais falhas detectadas pelos sensores, recebendo recomendações sobre quais manutenções devem ser feitas.
Os próprios fabricantes podem se beneficiar de tal funcionalidade, uma vez que os dados gerados sobre o funcionamento dos veículos são altamente estratégicos para compreender o desempenho das peças e demais componentes em situações reais de usabilidade.
Os sistemas de transporte e logística se beneficiam de uma grande variedade de aplicações em IoT. Frotas de carros, caminhões, navios e trens que transportam cargas podem ter suas rotas definidas com base em condições climáticas, disponibilidade de condutores e melhores trajetos.
A própria carga transportada pode ser monitorada ao longo dos trajetos, de modo a garantir que as condições de acondicionamento são ideias. Esse é um benefício bastante adequado à operação de empresas que trabalham com produtos perecíveis, como alimentos, plantas ornamentais e fármacos.
As aplicações de IoT possibilitam às empresas do varejo uma série de facilidades. Entre as principais delas podemos citar:
Para citarmos apenas uma aplicação prática, podemos falar de prateleiras inteligentes equipadas com sensores de peso capazes de coletar informações de pesagem dos itens e as enviar à plataforma IoT para monitorar automaticamente o estoque e acionar alertas se os itens estiverem com pouca carga.
O setor público, assim como o setor de serviço como um todo, também pode se beneficiar das aplicações em IoT. No caso dos agentes governamentais, podemos pensar no desenvolvimento de soluções voltadas ao monitoramento de serviços considerados essenciais, como água, esgoto e energia.
A disponibilidade desses serviços pode ser monitorada por ferramentas próprias para esse fim, trazendo dados sobre desempenho, interrupções, entre outras informações relevantes. Seja para agências de água e energia, ou para os próprios cidadãos, esses dados podem ser utilizados de forma estratégica.
Médicos, enfermeiros e assistentes geralmente precisam identificar a localização exata de ativos em assistência, como cadeiras de rodas, insumos e fármacos. Quando esses materiais e equipamentos são monitorados com auxílio de uma solução em IoT, a gestão de serviços de saúde torna-se bastante facilitada.
Imagine ter que identificar a localização de um lote de medicamentos em falta em determinado estabelecimento de saúde, mas sobressalente em outra? Esse trabalho permite uma melhor alocação de recursos e mais eficiência na prestação de serviço.
Vejamos, então, quais são as aplicações existentes em internet das coisas.
Pulseiras fitness para monitorar gasto calórico e frequência cardíaca, óculos virtuais e cintos de rastreamento GPS são apenas alguns exemplos conhecidos de dispositivos vestíveis já conhecidos das pessoas em geral. Gigantes do setor de tecnologia como Google, Apple e Samsung vêm investindo pesado no desenvolvimento desses equipamentos com tecnologia de Internet das Coisas.
Quem já os conhece, sabe que são dispositivos pequenos e energeticamente eficientes, equipados com sensores e hardwares capazes de realizar leituras e medições com elevado nível de precisão.
A Internet das Coisas pode ser muito útil na gestão do tráfego de veículos em grandes cidades, estradas e localidades. Inclusive, o conceito de cidade inteligente está diretamente associado às soluções em IoT já desenvolvidas.
Quando usamos nossos celulares como sensores, que coletam e compartilham dados de nossos veículos por meio de aplicativos como Waze ou Google Maps, estamos utilizando a Internet das Coisas para nos informar e ao mesmo tempo contribuir para o monitoramento do trânsito, indicando quais são as condições das vias, eventuais interrupções do tráfego etc.
As chamadas fazendas inteligentes vêm revolucionando a agricultura graças a utilização de aplicações de Internet das Coisas. Esse recurso permite aos agricultores um melhor manejo do solo.
Através da implementação de sensores IoT, uma quantidade significativa de dados pode ser obtida sobre o estado e estágios do solo. Informações como umidade da terra, presença de nutrientes, acidez, temperatura, entre outras características químicas ajudam os agricultores a manejar a terra e obter os melhores resultados durante as safras.
A aplicação da IoT à indústria hoteleira traz consigo melhorias formidáveis em termos de qualidade do serviço. As chaves eletrônicas, por exemplo, são enviadas diretamente para os smartphones de cada hóspede, permitindo a eles executar diversas interações no ambiente dos quartos.
Além disso, temos outras aplicações capazes de otimizar o atendimento nos hotéis e pousadas. É possível compartilhar ofertas ou informações sobre atividades de interesse, acionar o serviço de quarto, realizar cobranças de maneira remota ou solicitar artigos de higiene pessoal. Todas essas atividades podem ser facilmente gerenciadas com uma plataforma de IoT.
A utilização de sensores inteligentes para mensuração de eficiência energética já é uma realidade em indústrias de todo o país. Os equipamentos costumam ser posicionados em diferentes pontos da rede, de modo a demonstrar qual o desempenho da distribuição.
Ao estabelecer uma comunicação bidirecional entre a empresa prestadora do serviço e o utilizador final, podem ser obtidas informações de enorme valor para a detecção de avarias, tomada de decisão e a sua reparação.
Nessa relação, o usuário final também se beneficia das informações compartilhadas, uma vez que pode compreender se há algum problema na captação da energia elétrica.
Um sensor integrado a hidrômetros, conectado à Internet e acompanhado de um software, é capaz de exercer diferentes funções. As principais delas são:
Por parte do consumidor final, existe a possibilidade de se monitorar informações de consumo, por meio de uma página web e em tempo real, inclusive recebendo alertas automáticos em caso de detecção de consumo fora da faixa do seu registro médio de consumo, o que pode indicar a presença de um vazamento.
Uma das áreas onde a aplicação de IoT é mais relevante certamente é a de gerenciamento de manutenções. Com a presença de sensores e softwares próprios para esse fim, é possível criar uma ferramenta multifuncional capaz de acompanhar o funcionamento de aparelhos e equipamentos diversos, na tentativa de se antecipar a eventuais defeitos, aumentando a vida útil desses ativos.
O monitoramento em tempo real de ativos físicos possibilita conhecer qual o momento exato em que uma medição está fora da faixa e é necessária a realização de uma manutenção baseada em determinados parâmetros.
Seja para detectar ou prevenir enfermidades, os biossensores usáveis são tecnologias em IoT altamente relevantes. E, quando utilizados, nem sequer causam incômodo ao paciente.
Trata-se de uma tecnologia bastante versátil, pois pode estar presente em uma pulseira inteligente, adesivo ou cinta. A lista de dispositivos é extensa, assim como as suas possibilidades de uso. A Philips, por exemplo, desenvolveu um biossensor wireless que pode tornar o monitoramento de pacientes com Covid-19 menos inconveniente.
Dessa forma, qualquer sinal clínico que indique um agravamento do quadro pode ser rapidamente percebido, possibilitando à equipe médica agir com eficácia.
Outro tipo de biossensores são dispositivos capazes de auferir o estado de humor de pacientes com problemas de saúde mental. Nesse caso, em particular, os equipamentos são capazes de monitorar o estado geral de humor de uma pessoa com depressão ou qualquer outro distúrbio. Para esses tipos de casos clínicos, informações dessa natureza são indispensáveis para acompanhamento da evolução do paciente.
Importante destacar ainda que esse tipo de solução auxilia tanto os profissionais de saúde quanto as pessoas que não conseguem relatar, com precisão, quando e em qual intensidade ocorreram as variações de humor.
A partir de uma análise apurada dos dados monitorados, é possível reconhecer padrões e gatilhos motivadores das alterações de humor. Isto é, estamos tratando de novas formas de entender e enfrentar a doença.
Como você pôde conferir ao longo deste conteúdo, existe um vasto campo a ser explorado quando o assunto são aplicações em Internet das Coisas. Apesar da evolução notável em algumas áreas, é certo que ainda temos muito progresso pela frente, sobretudo quando pensamos nas ferramentas em desenvolvimento.
Por isso, é fundamental que os empreendedores estejam atentos às inovações percebidas em seus respetivos mercados, na tentativa de levar para a sua empresa experiências exitosas. Essas transformações já estão em curso e podem ser absorvidas de maneira gradual, de modo a se validar as práticas identificadas como relevantes.
Para uma avaliação mais consistente, é indispensável aliar planejamento estratégico ao projeto de IoT que se pretende desenvolver. Afinal, como mencionado, os objetivos institucionais, assim como a visão sobre o negócio, não podem estar desassociadas da solução desenvolvida.
E agora que você já sabe mais sobre Internet das Coisas e seus impactos sobre diferentes ecossistemas de negócios, o convidamos a conferir novas publicações no blog da Mid Falconi. Lá você encontra publicações sobre gestão de negócios inteiramente voltadas às médias empresas. Acesse agora mesmo!
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