As práticas de ESG são cada vez mais indispensáveis na estratégia das médias empresas. A sigla, que significa práticas ambientais, sociais e de governança, tem mudado o mercado.
O ecossistema de negócios está, de maneira geral, cada vez mais competitivo e exigente. O cliente, por sua vez, prioriza companhias que tenham um propósito claro e valores alinhados aos seus. E isso inclui questões associadas aos impactos sociais e ambientais das empresas.
Já desvendamos, em detalhes, o conceito de ESG neste artigo. Retomando-o brevemente, se refere a um conjunto de práticas que combinam ações com impactos ambientais, sociais e de governança.
Este é um conceito que é visto também como um critério de análise complementar aos indicadores econômicos, em crescente valorização pelos investidores em sua avaliação de riscos.
As práticas de ESG podem ser aplicadas de várias maneiras, focadas em ações envolvendo todos os stakeholders da média empresa. Mas como adotá-las com impactos rápidos na sua organização? É o que iremos abordar neste artigo.
De forma geral, o ESG contribui para a criação de valor sustentável para a companhia. Por meio da sua incorporação à estratégia macro do negócio, ele integra práticas sociais, ambientais e de governança.
Para isso, é importante envolver os pilares de Gente, Gestão e Tecnologia, o que irá maximizar o resultado das práticas de ESG no negócio e na margem bruta do seu negócio.
Além disso, as práticas de ESG impactam na maturidade gerencial da companhia. Através da adoção de iniciativas, programas e ações mais modernas, eficientes e alinhadas aos desafios de nosso tempo.
É importante destacar também que o ESG melhora a imagem da companhia. Principalmente em tempos como hoje, onde o propósito organizacional e os valores praticados pela empresa são elementos tão valorizados e visados tanto por investidores quanto pelo próprio cliente ou consumidor.
Para as empresas terem sucesso, é preciso considerar as prioridades e exigências do mercado e da sociedade. Atualmente, isso passa por práticas de ESG.
Cada vez mais, critérios como as ações voltadas à sustentabilidade, ética, bem-estar social e da comunidade local, entre outras serão decisivas para avançar ou não em negociações tanto B2B quanto B2C.
Portanto, há muitas razões para adotar práticas de ESG, especialmente quando se projeta a perenidade do negócio. Também há vantagens para a criação de um contexto que permita um cenário de crescimento para a companhia.
Afinal, ao não se alinhar a este novo momento e às suas demandas, a organização poderá perder clientes, fornecedores, parceiros de negócios e investidores.
Uma pesquisa indicou que quase 90% dos brasileiros já preferem adquirir produtos e serviços de marcas sustentáveis. Então, imagine a perda de mercado potencial que sua média empresa pode sofrer se não oferecer o que seu público procura e valoriza.
E, indo além, os impactos negativos de não adotar práticas de ESG podem se agravar. A partir desse cenário, acionistas e fundos de investimentos exigem que as companhias desenvolvam ações que ajudem a garantir a sua sobrevivência no longo prazo. (grandes empresas exigem que seus fornecedores também se adequem às práticas ESG para continuar fornecendo seus produtos ou serviços)
Para seguir as práticas de ESG, não basta apenas criar novos planos de ação. As empresas que, de fato, estão praticando o que foi definido no âmbito do ESG vão além. É necessário adaptar sua cultura, visão, diretrizes e metas, tanto dos diretores quanto dos colaboradores quanto a esses pilares.
Assim, elas não devem ser vistas como ações isoladas, mas integrar de alguma maneira à cultura e a estratégia da companhia.
Este desenvolvimento pode partir da avaliação de diversos pontos. Dos propósitos da empresa, de riscos associados, do estabelecimento de padrões de sustentabilidade, impacto social e de governança corporativa, além dos requisitos de certificação a serem cumpridos.
Ainda, é importante fazer um levantamento das práticas de ESG já adotadas, conhecendo a visão dos stakeholders na companhia sobre o tema.
Também é crucial estabelecer metas e métricas, desdobradas dos acionistas e direção até os funcionários de linha de frente. Assim, é possível avaliar e melhorar continuamente as práticas de ESG e os resultados da companhia.
De forma resumida, para desenvolver uma estratégia de ESG é importante:
Isso é possível ao seguir alguns passos básicos, como:
A partir do que vimos, é possível perceber que, cada vez mais, adotar práticas de ESG não será apenas uma escolha. Isso tudo é imperativo para o sucesso das companhias.
Para as médias empresas que estão começando ou reestruturando sua estratégia, é possível focar em práticas mais simples. Porém isso não quer dizer que não haverão ganhos rápidos em diversas frentes dentro da organização.
A seguir, confira alguns exemplos.
Eficiência energética significa, de forma simples, usar menos energia para realizar a mesma tarefa — ou seja, eliminar o desperdício de energia da sua empresa.
A eficiência energética traz uma variedade de benefícios, incluindo: redução das emissões de gases de efeito estufa, diminuição da demanda de energia e redução de custos.
Embora as tecnologias de energia renovável também ajudem a atingir esses objetivos, melhorar a eficiência energética é a maneira mais acessível e imediata de adotar práticas de ESG e reduzir o uso de combustíveis fósseis.
Isso pode incluir pequenos passos, como escolher lâmpadas LED e aparelhos com eficiência energética, ou esforços maiores, como adotar painéis de solares na empresa.
O emprego exerce um impacto social profundo. Ele está associado ao poder de compra da população, entre outras coisas.
Assim, contribuir para o pilar social por meio de condições de trabalho justas e atrativas, que gerem emprego e apresentem uma rotatividade de pessoal reduzida é algo importante entre as práticas de ESG.
Além disso, ao estabelecer ações como criação de um clima laboral positivo e reconhecer e treinar seus talentos, os colaboradores se sentirão mais satisfeitos, o que impacta em sua motivação para permanecer gerando valor para a empresa.
Cada vez mais, o sucesso das médias empresas tem na inovação uma alavanca poderosa. E, para inovar, deve haver uma diversidade de perspectivas construídas a partir de diferentes experiências.
De fato, uma pesquisa demonstrou que as companhias com maior diversidade registraram uma maior receita com a inovação do que aquelas com diversidade abaixo da média.
Além disso, a diversidade e a inclusão são fatores de grande relevância entre as práticas de ESG, especialmente focadas no pilar social.
Entre as práticas, é importante adaptar seus processos de recrutamento e seleção para reconhecer e envolver candidatos de diferentes grupos e minorias.
Embora programas desse tipo já façam parte da análise de risco de muitas empresas e sejam regidos pela legislação em alguns casos, um aumento no foco do investidor e do acionista em questões ambientais, sociais e de governança enfatizou ainda mais a importância deste tipo de práticas de ESG.
Além disso, está em andamento uma revolução da transparência. Impulsionada por requisitos legislativos, pressões de investidores e demandas sociais, as empresas estão começando a impulsionar a agenda da transparência em sua estratégia e operações.
Entre as práticas que podem ser incluídas, está a criação e divulgação pública de uma política abrangente de compliance, transparência e anticorrupção, bem como de outros procedimentos de apoio a essas políticas. Além disso, deve estar claro internamente como essas políticas serão aplicadas na prática.
Outras recomendações são criar uma declaração de tolerância zero autorizada pela liderança e estabelecer um compromisso público de apoiar e proteger os funcionários que se recusam a agir de forma antiética, mesmo quando isso possa resultar na perda de negócios.
Cada vez mais, maior atenção está sendo dada à gestão de resíduos nas médias empresas, afinal, ela permite ganhos em termos de redução de custos e da pegada ambiental da organização e traz mais eficiência ao seu ciclo produtivo.
Rastrear e reduzir a geração de resíduos está no centro desse tipo de programa, assim como o engajamento das equipes, que é fundamental para que a iniciativa seja bem-sucedida.
Confira também outras ações pontuais que podem fazer parte da sua estratégia:
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