Produtividade empresarial em médias empresas: como alavancar resultados com estratégia e tecnologia

Produtividade empresarial em médias empresas: como alavancar resultados com estratégia e tecnologia
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Tempo de leitura: 4 minutos
Última atualização: 29/09/2025

Falar sobre produtividade nunca foi tão urgente. Em um Brasil em que as pequenas e médias empresas movimentam mais de 30% do PIB, aumentar a produtividade não é apenas um desafio interno. É também uma questão de sobrevivência econômica e competitividade nacional. No entanto, ainda há muitos mitos e confusões sobre o que, de fato, significa ser produtivo. Trabalhar mais horas? Cortar custos? Automatizar tudo? A resposta é mais complexa e exige reflexão.

O que é produtividade (e o que não é)

Segundo o Sebrae, produtividade é a relação entre o volume de produção e os insumos utilizados. Ela é, portanto, um dos principais indicadores de eficiência nos negócios. Ainda segundo a instituição, produtividade não deve ser confundida com eficiência: a primeira foca nos resultados obtidos em determinado período, enquanto a segunda analisa a forma como esses resultados são alcançados.

Mais do que fazer mais em menos tempo, produtividade significa fazer o que é certo, da maneira certa, com o mínimo de desperdício e o máximo de valor gerado para o cliente e para o negócio. Assim, não basta medir esforços, é preciso medir impacto.

Ilustração conceitual de produtividade com um foguete decolando, equipe trabalhando em laptops e gráficos de desempenho. Representa crescimento acelerado com apoio da tecnologia em ambientes empresariais.

O que afeta a produtividade de uma empresa?

Entender o que afeta a produtividade também significa reconhecer as falhas mais comuns em médias empresas brasileiras. Portanto, é fundamental analisar não apenas processos, mas também cultura e liderança.

Principais falhas das médias empresas brasileiras

As falhas mais frequentes envolvem ausência de estrutura para diagnosticar gargalos e falta de processos claros. É comum empresas operarem com planilhas manuais, controles fragmentados e pouca delegação.

Essas empresas também enfrentam desafios culturais, como a centralização das tarefas no empreendedor, a falta de clareza nas metas e a ausência de governança definida. Como destaca o economista Mariano Macedo, a produtividade deve ser vista de forma sistêmica, abrangendo produção, compras, vendas, logística e relacionamento com o mercado.

Outro aspecto crítico é o autocontrole e a fadiga mental. Segundo pesquisas de Sjåstad e Baumeister (2018), planejamento exige energia mental e disciplina. Quando gestores estão exaustos, tendem a negligenciar o planejamento, mesmo reconhecendo sua importância. Reconhecer esse limite humano é crucial para criar rotinas sustentáveis e práticas.

O que aprendemos com líderes sobre produtividade?

Na entrevista à revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Rafael Silveira, diretor e cofundador da Mid, apontou que muitas médias empresas ainda executam manualmente tarefas que poderiam ser automatizadas, como gestão financeira e folha salarial. Esse hábito gera perda de tempo, desengajamento e frustração contínua.

Para Rafael, produtividade não é sobre controle excessivo, mas sobre clareza e disciplina estratégica. O foco deve estar em eliminar tarefas que não geram valor e em pensar a produtividade como um sistema capaz de gerar riqueza. Além disso, segundo ele, a falta de visão sistêmica trava o crescimento, prejudica decisões e aumenta desperdícios.

Aliar estratégias práticas ao uso inteligente de tecnologia pode, consequentemente, potencializar ainda mais os resultados.

Estratégias práticas para aumentar a produtividade empresarial

Como medir a produtividade de uma equipe com inteligência?

Medir produtividade vai muito além de contar horas. Uma equipe produtiva é aquela que entrega valor real. Para isso, indicadores como tempo de ciclo, valor entregue por colaborador, nível de retrabalho e qualidade percebida pelo cliente são muito mais reveladores do que simples metas de volume.

Como médias empresas podem melhorar a produtividade sem grandes investimentos?

A chave está em três movimentos fundamentais:

  1. Priorizar atividades estratégicas;
  2. Organizar rotinas;
  3. Utilizar tecnologias acessíveis.

Ferramentas como Trello, Notion ou sistemas de gestão permitem padronizar processos e reduzir o caos operacional. Além disso, rotinas bem estruturadas minimizam decisões triviais e preservam energia mental para decisões importantes.

Outro ponto é que tecnologias como inteligência artificial reduzem tarefas repetitivas, ampliando o tempo das equipes para ações estratégicas. Assim, impactam diretamente na produtividade geral.

Qual o papel da governança, cultura e liderança?

Sem uma cultura de melhoria contínua, qualquer ferramenta se torna apenas uma solução temporária. Empresas produtivas têm lideranças que estimulam a autonomia, comunicam objetivos com clareza e mantêm a equipe focada no que realmente importa.

“A produtividade começa na forma como a liderança enxerga seu papel: se você só repete tarefas, não está construindo nada novo”

comentou Rafael. Líderes que delegam e comunicam objetivos claros aumentam a autonomia das equipes. Como consequência, isso resulta em maior eficiência operacional.

O papel da tecnologia e da IA na produtividade

Ferramentas estratégicas e inteligência artificial

De acordo com pesquisa da Edelman Comunicação para a Microsoft, 74% das micro, pequenas e médias empresas brasileiras já utilizam inteligência artificial com frequência. Além disso, 90% demonstram intenção de expandir esse uso.

Entre as aplicações mais comuns estão assistentes virtuais, plataformas de business intelligence e automação de tarefas administrativas. Essas tecnologias aumentam a eficiência operacional e liberam as equipes para atividades mais estratégicas, como análise de dados, experiência do cliente e inovação.

Como ESG e inovação impulsionam produtividade

Produtividade também significa sustentabilidade. Empresas que adotam práticas ESG reduzem custos com energia e materiais, aumentando a margem de lucro e a sustentabilidade econômica. Nesse sentido, Rafael exemplifica: “Se uma indústria não aproveita energia solar, perde dinheiro”.

Portanto, empresas que adotam ESG tornam-se mais competitivas e inovadoras. Essa combinação fortalece a reputação e, ao mesmo tempo, impulsiona a produtividade.

Conclusão

Produtividade é uma disciplina estratégica, sustentada por processos claros, liderança consciente e ferramentas adequadas. O Sebrae enfatiza que aumentar a produtividade é uma das poucas fontes sustentáveis de crescimento e, portanto, essencial para inovação.

Por fim, produtividade significa fazer menos, com mais sentido e impacto. Criar sistemas que apoiem decisões inteligentes pode determinar se uma empresa vai estagnar ou escalar. Em resumo, produtividade é sobre criar valor de forma inteligente e sustentável.

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Lucas Vieira

Lucas Vieira

Analista de Conteúdo na Mid, especialista em SEO e em transformar ideias complexas em narrativas que geram impacto real. Atua há mais de 6 anos na interseção entre criatividade, estratégia e performance, criando conteúdos que ajudam líderes e empresas a crescer com clareza e propósito.

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