Necessidade de capital de giro: como garantir a saúde financeira da sua média empresa

Necessidade de capital de giro: como garantir a saúde financeira da sua média empresa
Financeiro
Tempo de leitura: 3 minutos
Última atualização: 17/09/2025

Gerenciar o capital de giro é essencial para manter a liquidez e a estabilidade financeira de uma empresa. Além disso, para médias empresas que buscam crescimento sustentável, compreender a necessidade de capital de giro (NCG) é a chave para evitar crises financeiras e potencializar investimentos estratégicos.

De acordo com um estudo da Universidade Federal de Alagoas, a gestão do capital de giro se relaciona ao desempenho financeiro das empresas. Em síntese, uma gestão eficiente do capital de giro influencia positivamente a lucratividade, o que reforça a importância do monitoramento contínuo.

Mas, afinal, como calcular a NCG e usá-la para fortalecer a saúde financeira do negócio? Neste artigo, apresentamos conceitos, estratégias e boas práticas para utilizar o capital de giro de maneira eficiente.

Ilustração sobre necessidade de capital de giro, conectividade financeira e transformação digital nas empresas.

O que é capital de giro?

O capital de giro é o recurso necessário para cobrir as despesas operacionais diárias. Em outras palavras, ele corresponde à diferença entre ativos circulantes (caixa, estoques e contas a receber) e passivos circulantes (contas a pagar, empréstimos de curto prazo e despesas operacionais).

Quando o capital de giro é positivo, a empresa tem recursos suficientes para honrar compromissos de curto prazo. Por outro lado, um capital de giro negativo sinaliza dificuldades para pagar fornecedores e manter a operação com eficiência.

Fatores que impactam a necessidade de capital de giro

A necessidade de capital de giro varia com o ambiente e as decisões internas. Por isso, entender seus vetores ajuda a preservar a liquidez e a sustentar o crescimento.

1. Expansão do negócio e crescimento da carteira

Quando a empresa expande a base de clientes, normalmente aumenta estoques e contas a receber. Desse modo, surge a necessidade de mais recursos para sustentar a operação sem comprometer o fluxo de caixa.

2. Sazonalidade e estoque estratégico

Em setores com sazonalidade, como varejo e bens de consumo, a NCG cresce em períodos de preparo. Por exemplo, de setembro a novembro muitos varejistas reforçam estoques para a alta de Natal. Ainda assim, mesmo negócios sem forte sazonalidade podem enfrentar picos de demanda que exigem financiamento extra.

3. Atrasos nos pagamentos dos clientes

Inadimplência e atrasos elevam a NCG, pois a empresa precisa cobrir despesas com recursos próprios. Para mitigar, negocie prazos menores, ofereça meios de pagamento que acelerem a liquidação e avalie a antecipação de recebíveis.

4. Investimentos mal planejados e o risco do FOMO

Decisões motivadas por FOMO (Fear of Missing Out) podem deteriorar o caixa. Antes de investir, faça análises financeiras que considerem retorno esperado, impacto na NCG e capacidade de pagamento. Assim, você equilibra crescimento e sustentabilidade.

Como calcular o NCG?

A necessidade de capital de giro (NCG) é o montante mínimo para cobrir o ciclo financeiro da empresa. A fórmula é:

NCG = Ativo Circulante Operacional − Passivo Circulante Operacional

Ou seja, a NCG indica quanto a empresa precisa manter disponível para sustentar as atividades operacionais.

Exemplo prático

Se uma empresa tem R$ 200 mil em contas a receber e R$ 150 mil em contas a pagar, a NCG é R$ 50 mil. Logo, ela precisa de pelo menos esse valor para operar sem pressionar a saúde financeira.

Fontes de capital de giro

Para manter o caixa saudável e suprir a NCG, considere as opções abaixo. A escolha ideal depende da estratégia e da capacidade de pagamento.

  1. Recursos próprios: lucros retidos reinvestidos na operação.
  2. Crédito bancário: linhas de curto e longo prazo, como empréstimos e antecipação de recebíveis.
  3. Investimentos de terceiros: capital de investidores ou entrada de novos sócios.
  4. Renegociação com fornecedores: prazos de pagamento mais longos para aliviar o ciclo financeiro.
  5. Redução do ciclo de recebimento: incentivos para antecipar pagamentos e melhorar o giro.

Conclusão

A necessidade de capital de giro é um indicador central para a saúde e a sustentabilidade das médias empresas. Quando monitorada e gerida com método, ela mantém o fluxo de caixa equilibrado, evita sobressaltos e amplia a capacidade de crescimento.

Em última análise, companhias que estruturam a gestão do capital de giro ficam mais preparadas para enfrentar cenários adversos e, ao mesmo tempo, aproveitar oportunidades de expansão sem sacrificar a liquidez.

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Lucas Vieira

Lucas Vieira

Analista de Conteúdo na Mid, especialista em SEO e em transformar ideias complexas em narrativas que geram impacto real. Atua há mais de 6 anos na interseção entre criatividade, estratégia e performance, criando conteúdos que ajudam líderes e empresas a crescer com clareza e propósito.

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