Conhecimento e gestão são táticas para médias empresas enfrentarem os juros altos
Selic alta e o impacto nas médias empresas
A taxa básica de juros em dois dígitos, remédio do Banco Central para conter a inflação, tem funcionado como veneno para médias empresas. Diferentemente das grandes e das micro e pequenas, que acessam linhas subsidiadas, a Selic elevada encarece o capital, pressiona o caixa e estrangula investimentos de médio e longo prazo. Nesse ambiente desafiador, é crucial definir uma estratégia de gestão clara e aprofundar o conhecimento sobre as especificidades de cada negócio.
Por que agir diferente agora
“Adequações são necessárias o tempo todo. Para jogar o jogo, as empresas de médio porte precisam buscar conhecimento. Deve-se olhar para dentro e analisar se estrutura, pessoas e processos têm maturidade para lidar com a nova conjuntura.” — Rafael Fraga Silveira, cofundador e COO da Mid by Falconi.
Em outras palavras, a média empresa precisa mudar o modo de operar. Além disso, deve fortalecer finanças, governança e rotina de análise para decidir com agilidade.
Diagnóstico técnico primeiro
Conhecimento é princípio básico defendido por Vicente Falconi. Portanto, diante de Selic alta, o diagnóstico precisa ser técnico e qualificado. O empreendedor não precisa dominar finanças; contudo, precisa de um gerente financeiro robusto e de uma equipe madura para produzir análises consistentes e tempestivas.
Opções estratégicas na mesa
Com maturidade e dados, a liderança avalia caminhos: negociar com novos players, ajustar políticas comerciais, reperfilar dívidas, revisar a estrutura societária ou considerar fusões e aquisições. Assim, escolhas deixam de ser intuitivas e passam a seguir evidências. Como resume Silveira, esse é o primeiro passo para reduzir o dano dos juros altos.
Quando chamar reforços
Após o diagnóstico, o empresário decide se contrata uma consultoria especializada ou se busca profissionais com experiência para executar as mudanças no timing adequado. Dessa forma, a companhia evita paralisia e captura alternativas viáveis com rapidez.
O poder da gestão
Gestão expõe problemas e viabiliza decisões. Por meio dela, a empresa prioriza, identifica lacunas, define ações e acompanha a execução. Em cenários críticos, a disciplina de gestão torna-se diferencial. Como destaca Silveira, grandes empresas suportam decisões lentas; já as médias precisam decidir rápido. Caso fóruns de análise não existam, os problemas ficam ocultos e nada é decidido — e o risco estratégico aumenta.
Plano sob medida e comitê de crise
Não há cartilha única. Assim, cada organização deve criar um plano de reestruturação aderente à sua realidade. Frequentemente, a formação de um comitê de crise acelera debates e decisões em conjunturas excepcionais — guerra, pandemia ou choque macroeconômico. Além disso, o comitê garante cadência, transparência e foco.
Decisões práticas guiadas por dados
Com um diagnóstico profundo, as escolhas ficam objetivas:
- Crédito e contratos: analisar linhas, revisar cláusulas e negociar diretamente com bancos, financeiras e FIDCs.
- Ciclo financeiro: reduzir estoques (indústria e varejo), alongar prazos com fornecedores e antecipar recebíveis.
- Eficiência operacional: cortar custos estruturais, redimensionar equipes ou encerrar unidades caras, quando necessário.
Com a Selic elevada, decisões difíceis surgem naturalmente. Portanto, adiar cortes e revisões pode custar caro. Mesmo com desconforto emocional, atitudes claras e objetivas fazem parte do jogo — e podem definir sucesso ou fracasso.
Próximo passo
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