O conceito de chefe deixou de ser utilizado há algum tempo, sendo substituído pelo termo “líder”. A mudança não veio apenas na nomenclatura visto que a liderança de equipe, a cada dia, ganha um papel mais importante e impacta diretamente no resultado das empresas, sendo extremamente importante no cenário das médias empresas.
Os profissionais precisam se reinventar a cada momento para desempenharem os seus papéis da maneira esperada, porém, a tarefa não é fácil. A sobrecarga de tarefas e a necessidade de desenvolvimento das equipes são alguns dos desafios comuns aos líderes das médias empresas, mas nada que uma combinação de liderança de equipe e gestão nos ajude nessa jornada.
O termo liderança de equipe é definido por diversos autores e todos chegam a um consenso — o líder deve ajudar a organização e as pessoas. Ele deve se preocupar com a gestão do pessoal e, enquanto os desenvolve e proporciona autonomia aos colaboradores, se preocupa com os indicadores e resultados organizacionais.
Segundo o Prof. Falconi, a missão do novo líder é ajudar as organizações e seus times a prosperarem e a alcançarem o máximo do seu potencial nesse ambiente de rápidas mudanças, com uma adaptabilidade sem precedentes.
Fica claro que a liderança de equipe é mutável e, mesmo havendo diferentes estilos como a democrática, autocrática, meritocrática e outros, todos precisam se adaptar. Se esses ajustes não forem feitos, a liderança deixa de existir, pois ficará impossível ajudar as organizações que também estão em constante mutação.
“Liderar é bater metas consistentemente, com o time, fazendo o certo” – (Prof. Falconi)
Uma liderança de sucesso reúne uma série de atributos. Um deles é conhecer todos os membros da sua equipe de perto. É possível que o time não seja tão pequeno mas, mesmo nestes casos, o líder deve saber os pontos fortes de cada membro e os pontos que precisam ser melhorados.
Esse conhecimento sobre o time permite que ele coloque as pessoas certas nos lugares certos. Por exemplo: em um momento de crescimento da empresa, onde surgem novos cargos, ele saberá quem é o mais adequado para preencher o posto.
Trazendo para o dia a dia das médias empresas, o recrutamento assertivo e o desenvolvimento do time se mostram como atributos chave para o líder.
Outro ponto é o engajamento que só surge a partir do momento em que as pessoas se sentem parte do time. Para isso acontecer, a liderança de equipe deve dar autonomia, criar um ambiente agradável, confiar e ser parceira. Como consequência, tem-se bons resultados. A comemoração é essencial para reforçar esse sentimento.
A liderança também deve ajudar as organizações e pessoas alinhando os objetivos individuais com as metas da empresa. Principalmente na média empresa, esse é um ponto que merece atenção. Ela já tem objetivos definidos, mas nem sempre uma cultura tão forte. Cabe então à liderança de equipe reforçar esse sentimento.
Quando se fala de desafios e engajamento, a maturidade de gestão é um importante passo. Desdobrar indicadores e metas ao time alinhados às prioridades da organização é fazer com que cada um entenda sua contribuição para o todo. O desdobramento de metas é um motor para geração de engajamento em qualquer organização!
Existem ainda outras características que levam ao sucesso como o aprendizado contínuo do líder e de sua equipe. A adaptabilidade permite que ele se enquadre nas novas realidades, aprenda com os erros e sempre busque as melhores soluções.
Para que possa manter essa liderança, ele confia. E para isso faz o planejamento das suas ações e as delega, sabendo que seu time cumprirá com as tarefas e entregará resultados sem que precise de vigilância constante.
“Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a elas o que elas devem fazer” – (Steve Jobs)
Conhecer e entender as características que fazem um líder ter sucesso pode parecer simples, mas colocá-las em prática não é uma tarefa fácil. Nota-se que os desafios da liderança de equipe podem ser muito maiores do que se imagina.
Um dos desafios presentes, bastante sentido no momento atual, é a liderança de equipe a distância. Nas médias empresas, era comum não se ter estrutura para esse tipo de trabalho e nem gestores que sabiam como lidar com ela.
Repentinamente, foi necessário criar essa estrutura e garantir que a comunicação continuasse a acontecer. Se alinhar as metas, confiar tarefas e acompanhar os resultados presencialmente já era complicado, remotamente a situação ficou ainda mais complexa.
A pandemia e suas consequências não estavam previstas nos planejamentos estratégicos das empresas — dificilmente algum gestor teria imaginado que isso aconteceria. Esse é um exemplo de problema que pode surgir entre tantos, como uma entrega não realizada por um fornecedor, queda na demanda dos serviços, etc.
Saber agir rapidamente perante estas situações é algo que se espera de um líder. É preciso conhecer o negócio, seus indicadores e estar atento às ameaças externas para conseguir ter um maior controle do ocorrido, praticando sempre a liderança de equipe. Nesse caso, uma comunicação fluida e rituais de gestão bem estabelecidos permitirão que riscos e oportunidades tenham a atenção necessária em meio ao dia a dia da média empresa, além de permitir que os eventuais replanejamentos sejam de todo o time, e não somente do líder.
Situações inesperadas, conflitos, dificuldades de relacionamento e metas não atingidas são apenas alguns dos desafios. Para conseguir lidar com eles é preciso ter muita inteligência emocional, se mantendo calmo e pensando de forma estratégica.
Quando se trata de pessoas, esse é um ponto ainda mais importante. É preciso lidar com personalidades diferentes e ser justo ao mesmo tempo em que acolhe e cria o pertencimento. Há situações chave na gestão, como a negociação de metas e elaboração de plano de ação com o time, que impulsionam o pertencimento de cada integrante do time.
É normal que, ao dar autonomia para a equipe, alguns erros sejam cometidos. Um dos desafios é fazer com que a pessoa que errou não arque com toda a responsabilidade, sendo essa compartilhada com quem direciona o time.
Por mais sério que seja o erro, cabe ao líder assumir os erros perante os superiores e dar feedbacks a sua equipe para que ela não se sinta culpada. Isso não quer dizer que sempre será necessário assumir a culpa — um deslize deve servir para aprender e evitar que a situação se repita no futuro.
Uma governança com rituais de gestão bem estabelecidos permitem que essa relação de transparência e colaboração aconteça no time. É o momento que os problemas têm de ser colocados na “mesa” e endereçados devidamente.
A liderança de equipe só existe se houver um time e nesse ponto, todos devem contribuir de forma igual. A comunicação é um dos principais meios para que todos possam expor suas ideias e dar sugestões.
O líder orienta, mas deve deixar que todos participem do processo. Encontrar formas para que todos possam interagir e se sintam à vontade com isso é uma das grandes barreiras a serem superadas.
Falando em processos participativos, a elaboração de planos de ação com o time assim como os rituais de gestão são momentos propícios em que o líder pode guiar sua equipe junto a uma cultura colaborativa.
Cada desafio deve ser superado para que se tenha uma liderança de equipe eficaz e que traga resultados para a organização. Nas médias empresas, a união de uma boa gestão e de soft skills faz com que o líder esteja no caminho certo para gerar resultados sustentáveis.
Falando em soft skills, uma das coisas que mais se nota em uma organização é o líder bem preparado, que é aquele que está pronto para se reinventar sempre que for preciso. Ele consegue lidar com imprevistos pois cenários são sempre possibilidades não descartadas. Mudanças não são um problema para ele e nem para a equipe.
O ambiente de trabalho inspira segurança para o time, onde todos se sentem acolhidos e valorizados. Sabem que podem se expressar, que serão respeitados e suas ideias sempre consideradas. Seja para agir rapidamente ou para trazer essa cultura participativa ao time, o estabelecimento de rituais de gestão com o time é fundamental. Do contrário, há risco de “se afogar nos problemas do dia a dia”.
A motivação é um dos pontos que faz com que se tenha um bom desempenho em uma empresa. As coisas acontecem porque o líder consegue alinhar as expectativas das médias empresas com o objetivo do time. Isso evita conflitos de interesse e ajuda a manter o foco nos resultados.
E não tem como falar em foco nos resultados sem falar em desdobramento de metas. É preciso ter clara a prioridade e desafio de cada um do time. É um aspecto chave da motivação individual.
É preciso que haja um protagonista na comunicação. Quando se pensa em resultados e liderança, essa pessoa é o exemplo. O líder não apenas vai falar — ele fará, será exemplo e todos irão se inspirar nele. Com isso, novos líderes surgirão.
Novas lideranças de equipe não são vistas como um problema, já que o desenvolvimento dos membros do time é algo incentivado. O gestor sempre apoia e orienta a fim de que todos evoluam, sem se preocupar se no futuro alguém poderá assumir o seu cargo.
Nas médias empresas, por vezes é difícil que o processo de recrutamento seja assertivo. Com isso, o desenvolvimento do time se mostra como ponto chave no crescimento sustentável da organização.
Enfim, a liderança de equipe, quando bem feita, só traz resultados positivos, pois as pessoas trabalham melhor e as médias empresas colhem os resultados desse esforço. Tudo acontece de forma natural com demandas bem distribuídas, sem sobrecarregar os colaboradores. A consequência é uma melhora nos produtos e serviços ofertados, o que traz visibilidade à organização e novas oportunidades de negócios.
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