Não basta investir em um processo de seleção caro que encontre as pessoas mais qualificadas para uma vaga. É preciso investir também na retenção de talentos — maneiras de manter esses profissionais dentro da empresa.
As empresas que buscam prosperar, dado o nível atual de competitividade, não podem ceder à complacência quando o assunto é conquistar profissionais qualificados dentro da organização. Tampouco podem negligenciar os talentos já adquiridos por uma falsa sensação de segurança de que os funcionários têm poucas opções no mercado.
Um dos principais motivos para isso está no turnover, ou rotatividade de pessoal, e o custo alto que ele gera para a empresa. Esses custos são divididos entre gastos com um novo processo seletivo, processo de on-boarding, perda de produtividade e treinamentos.
Mas estes não são os únicos motivos pelos quais a retenção de talentos deve ser buscada. Para te mostrar, vamos começar explicando o que é um talento… Acompanhe!
A questão aqui não é tanto definir o que é um talento, mas sim mostrar o que um talento pode fazer pelo negócio. Um estudo recente, feito com mais de 600.000 pesquisadores, artistas, políticos e atletas, descobriu que pessoas de alto desempenho são em média 400% mais produtivas do que as demais.
E esse não é o único estudo que comprovou isso. Lá em 1996, no estudo “The impact of human resource management on organizational performance: progress and prospects“, Brian Becker, professor e chefe do departamento de Recursos Humanos da State University of New York, afirmou que “investir e melhorar as capacidades dos membros da organização gerará maior conhecimento, motivação, sinergia e comprometimento, resultando em uma fonte de vantagem competitiva sustentada para a empresa”.
Em outras palavras, quando uma tarefa muito complexa é dada a um “talento”, ele ou ela consegue terminá-la até 800 vezes mais rápido do que um profissional que não seja um “talento”.
É claro que ser um “talento” é relativo de acordo com cada negócio e função. As habilidades pesquisadas para um gestor de marketing não são exatamente as mesmas daquelas procuradas em um gestor de TI. No entanto, o resultado deve ser o mesmo: tanto o gestor de marketing quanto o de TI devem ter uma performance acima da média, cada um em suas atividades específicas.
Definir alguém como um talento ou não está ligado ao quanto de valor um profissional entrega para a empresa.
Você já deve ter refletido ao longo desse post que encontrar um talento não é fácil. O mercado de hoje é altamente competitivo na busca por profissionais qualificados e as previsões indicam que a oferta desses profissionais de alta performance não acompanhará a demanda por eles.
Isso significa que não só será mais difícil encontrar pessoas talentosas, como será essencial que, uma vez que elas sejam encontradas, as empresas façam de tudo para mantê-las em seu quadro.
A retenção de talentos é sobre isso: identificar quem são os talentos da empresa por meio de um processo estruturado de gestão de desempenho e definir políticas que incentivem a permanência deles na empresa.
Essas políticas vão desde benefícios concretos, como salário e benefícios, como também benefícios mais abstratos, como proporcionar um ambiente de trabalho agradável, manter um bom relacionamento e aprimorar a cultura organizacional.
A retenção de talentos permite eliminar os custos gerados pelo turnover. Mas, além desses custos, que são gerais independentemente da rotatividade ser gerada por um talento ou não, existem outros benefícios de investir em um processo estruturado de retenção de talentos. São eles:
A retenção de talentos não acontece do dia para a noite, mas deve fazer parte de um modelo de gestão estruturado na empresa. Esse modelo deve contemplar (mas não ser restrito) aos seguintes pontos:
A retenção de talentos começa com a contratação do talento certo em primeiro lugar.
Durante o processo de aquisição de talentos, é o departamento de Recursos Humanos da organização que pode identificar os melhores candidatos potenciais, analisando as habilidades, experiência e adequação necessárias, e combinando-as com os perfis de talento de candidatos externos.
O processo de seleção deve ser baseado em uma especificação adequada dos requisitos do trabalho. O departamento de RH deve trabalhar com os líderes das áreas para definir os critérios que trarão o sucesso em um trabalho, incluindo:
Quanto mais específico o critério, melhor a empresa consegue calibrar o processo de seleção e medir o desempenho dos profissionais após serem contratados.
Do lado do líder da área, é preciso ser claro sobre as competências necessárias para o sucesso e, em seguida, basear suas decisões de contratação nos critérios ou modelos de sucesso desenvolvidos com base no que se espera de um talento.
Para isso, é preciso articular o que os melhores profissionais fazem e como o fazem, e compreender não apenas as habilidades, mas também os comportamentos que os melhores usam para ter sucesso.
Em um mundo onde as pessoas são os ativos mais essenciais das organizações, os líderes precisam ser mais estratégicos sobre como pensam sobre a retenção de talentos para se manterem competitivos. É essencial criar uma cultura que permita crescimento, impacto e cuidado. Isso vai economizar muito dinheiro e contribuir para o crescimento da empresa.
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